FERNANDA GUERRA
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Publicação: 17/08/2014 03:00
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Em mais de 15 anos de carreira, a atriz Júlia Rabello se esquivou por muito tempo do humor. Oficialmente, a trajetória no teatro começou em 1999, no musical Dolores. De lá para cá, a relação da carioca com as artescênicas se consolidou, mas não se limitou a ela. Após relutar, mergulhou de cabeça no humor e ganhou projeção nacional por fazer parte do Porta dos Fundos. Em vídeos como Sobre a mesa e Reunião de emergência, interpreta personagens que fogem dos “bons modos” e delicadeza da mulher - tanto exigidos pela sociedade - por falar palavrões e fazer um humor despudorado e destemido. Desde então, Júlia não para. Em menos de três anos, já gravou seis filmes. Vestido pra casar está em cartaz nos cinemas - Réveillon e O candidato honesto estreiam até o fim do ano. A ausência de espaço na agenda a fez recusar papel em Geração Brasil. Na TV fechada, estará no elenco da segunda temporada de Vai que cola (Multishow) e a primeira de Os homens são de marte… e é pra lá que eu vou (GNT).
Entrevista >> Júlia Rabello
O Porta dos Fundos rompeu preconceitos com mulher no humor?
Essa é uma discussão longa. Esse tema acompanha a evolução da mulher na sociedade. A gente vê que rompeu barreiras. Mas a gente ainda tem muitos objetivos para alcançar. O humor caminha nessa direção. Antes não era permitido para mulher fazer comédia e brincar com certas coisas, com exceção de grandes precursoras. Temos um histórico enorme de grandes humoristas. Tem um lugar limitado por causa dos bons modos. Mulher é um ser cheio de talentos. De maneira leve, a gente vai burlando isso.
Você só fez pequenos trabalhos na TV aberta. Existe razão para isso?
Pintaram várias oportunidades. Um monte de coisa para fazer. Muitos filmes. Não deu ainda para pegar oportunidades que apareceram. Me interessa. É o nosso canal de expressão. As novelas são muito fortes para os brasileiros. Já assisti muito. Tenho admiração pelas pessoas que fazem.
Por essa razão, você não aceitou o convite para Geração Brasil?
Pois é… quando tiver oportunidade, a gente encaixa na agenda. Sou fã do elenco todo. Quis muito fazer… mas existe uma indisponibilidade. Já tinha fechado agenda de quase um ano todo. Mas expliquei direitinho.
Nos últimos três anos, você participou de seis filmes, todos de humor. Sente falta de fazer drama?
Originalmente, nem posso dizer que sempre fiz humor. Nem de drama sou. Sou trágica. Humor entrou na minha vida de uma maneira especial. Fazer cinema é muito gostoso. Brasileiro gosta muito de humor. E há uma demanda muito grande para isso. Como sou atriz, não humorista… sinto muita vontade de fazer drama. Ainda virão bons momentos para poder mostrar esse lado. Alguns filmes, como Réveillon (estreia fim do ano), é de humor, mas meu personagem especialmente é com menos humor. A dosagem de humor foi necessária
Júlio Rabelo
Júlia Rabello começou a carreira no teatro. Ela subiu ao palco, pela primeira vez, aos 9 anos.
Em 1999, fez o primeiro trabalho de grande projeção, no musical Dolores.
NA TV aberta, fez poucas aparições, como Malhação (2008), em que viveu uma dona de loja.
Em 2012, fez a série O fantástico mundo de Gregório. No ano passado, integrou o elenco da série Se eu fosse você (Fox), ao lado de Antonio Tabet, também do Porta dos Fundos.
Na internet, antes de Porta dos Fundos, também integrou o elenco do coletivo Anões em chamas.
Números
15,1 milhões
Visualizações do vídeo
Sobre a mesa
2
Protagonistas no cinema
17
Espetáculos a carreira