Comemorando dez anos de carreira, a dupla sertaneja Jorge & Mateus se consolida no cenário nacional, com média de 200 shows por ano, e mantém elevados os números de vendas. O mais recente disco de inéditas, Os anjos cantam, lançado após jejum de três anos, conquistou disco de platina com as versões físicas e digitais - foram 80 mil cópias. Após sequência de trabalhos ao vivo - o último foi o At the Royal Albert Hall - live in London (2013) -, os sertanejos entraram em estúdio e levaram quase um ano para finalizar o material. O novo repertório será apresentado, hoje, em show no Carvalheira na Fogueira, em Gravatá, no Agreste pernambucano.

A canção Os anjos cantam, que dá título ao álbum, mostra o tom que a dupla explorou no projeto. “Trouxemos elementos diferenciados com uma introdução toda instrumental nas faixas. Mas o amor é um elemento único do início ao fim”, explica Jorge, em entrevista ao Viver. São 17 faixas. A produção do disco é de Dudu Borges, que também assina as carreiras de Luan Santana, Michel Teló e Lucas Lucco. O próximo DVD de Jorge & Mateus será lançado em setembro, em Goiânia. Os músicos elogiaram o público pernambucano e não descartam a possibilidade de gravar na cidade: “É uma boa ideia. Amamos a energia de vocês”.

entrevista >> Jorge & Mateus

Tem espaço para todo mundo”

Qual o segredo para se manter no topo quando surgem novas duplas a toda hora?
Rapaz, o que a gente costuma dizer é que as coisas acontecem na hora certa. Ninguém tem uma fórmula, pelo menos nós não temos (risos). O que buscamos desde o começo, e tem dado certo, é uma preocupação em manter a qualidade do trabalho que levamos ao nosso público.

Certa vez Jorge declarou sentir “nojo” da concorrência e da rixa estabelecida no mercado das duplas sertanejas. A realidade mudou?
Na música, não tem porque ter competição. O Brasil é um país muito grande, tem espaço para todo mundo. Música é algo muito particular, precisa ser e passar a verdade de cada um, por isso, preferimos sermos alheios a qualquer coisa que possa ser negativa. Temos um público que é maravilhoso com a gente, paixão pelo que fazemos e pela nossa música. E isso nos move.

O disco Os anjos cantam foi aguardado com expectativa. Por que demorou tanto?
Esse foi um álbum bem diferente dos anteriores, principalmente pelo fato de ser em estúdio. Por isso que o processo foi mais longo. Temos uma rotina de shows que é bem intensa e, quando pensamos em fazer um CD, a ideia era produzi-lo com calma, de acordo com o que a agenda permitiria. Ficamos praticamente um ano para gravá-lo. Foram meses ouvindo músicas para chegarmos em uma peneira final de 100 canções e escolhermos as 17 que entrariam no repertório. 

Serviço

Carvalheira na fogueira
Jorge e Mateus, Luan Estilizado e Forró do Firma.
Quando: hoje, às 23h
Onde: Gravatá (Terra de Santa Fé)
Ingressos: R (homem) e R (mulher)
Informações: 3471-6111