Telinha

Júlia Galvão
edviver.pe@dabr.com.br

Publicação: 01/06/2016 03:00

Nas ruas, movimento se articulava contra o machismo (ALEX CARVALHO/GLOBO/DIVULGAÇÃO)
Nas ruas, movimento se articulava contra o machismo
A militância que atravessa o tempo

Era década de 1960, e a cidade de Chicago, nos Estados Unidos, fervilhava com a luta pelos direitos das mulheres. A predisposição à contestação político-social era sensível dentro do movimento feminino diante da visível discriminação de gênero. “O que queremos? O direito de escolha”, elas bradavam nas ruas. Seria possível, naquele momento, remodelar de forma revolucionária os padrões sociais?

O documentário She’s beautiful when she’s angry (Ela é bonita quando está brava), dirigido por Mary Dore e recém-chegado à Netflix, traz à tona o movimento feminista dos anos 1960, mais propriamente entre os anos de 1966 e 1971, quando eclodiram as manifestações em torno da causa. As lutas iam do contexto sociopolítico-econômico até as esferas mais íntimas, em relação ao autoconhecimento do universo feminino. A necessidade de criar uma organização que lutasse pelos direitos das mulheres culminou em um movimento poderoso, que permanece atual.

A narrativa do longa se constrói a partir de arquivos históricos e entrevistas contemporâneas. Dore apresenta figuras como Betty Friedan, autora de A mística feminina, um dos livros mais importantes do século 20, e Rita Mae Brown e Kate Millet, participantes mais ativas do movimento à época. O documentário aborda protestos contra o concurso Miss America, a criação da Organização Nacional da Mulher, as dissidências do feminismo negro e a manifestação lésbica.

Aborto, padrões de beleza, salário, maternidade, assédio e estupro pautavam as discussões, numa tentativa de desconstruir a sociedade patriarcal que ainda reverbera. Obra é preciosa por enfatizar a importância de combater uma agenda machista responsável, 40 anos depois, por estupros coletivos.

“Cada geração tem a chance de levar a discussão adiante. A luta não acabou, vitória não é permanente”
Lema feminista

Bastidores
Trajano passa um pito na ESPN

O comentarista da ESPN José Trajano ficou sob os holofotes das redes sociais após criticar, no Linha de passe, a própria emissora por convite feito a Danilo Gentili - ele foi chamado a participar do Bate bola debate. “O canal abrigou esta semana um personagem engraçadinho, que se porta como um sujeito que faz apologia do estupro em nome do humor, dizendo que no humor cabe tudo. Esse grupo ficou enojado com a presença dele”, disse. Gentili manifestou interesse de processar o jornalista.

A teoria está perto do fim
A série The Big Bang Theory pode terminar após a décima temporada, que estreia em outubro nos Estados Unidos. No Brasil, a produção é exibida na Warner.

Novelas
Dose dupla de isabelle drummond

A atriz Isabelle Drummond protagonizará a primeira fase de A lei do amor, que substitui Velho Chico no segundo semestre, Ela também será protagonista de Sol nascente em 2017.