Anitta Paradinha? Cantora ricocheteia no cenário internacional com música em espanhol, inglês e uma carreira atenta aos sinais do mercado

Adriana Izel
edviver@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 20/06/2017 03:00

Anitta (ou Anira para gringos) tem sido o nome dos últimos dias do pop. Ranking recente da Billboard dos EUA apontou a carioca como 15ª artista mais influente do mundo nas redes sociais, à frente de Rihanna e Beyoncé. Tem muito a ver com o momento atual da carreira. Na semana passada, ela conseguiu a façanha de permanecer no topo das paradas ao mesmo tempo com três músicas. Switch, a primeira em que canta em inglês, em parceria com a australiana Iggy Azalea. Paradinha, o primeiro single da funkeira oficializando a carreira internacional com letra em espanhol. E Sua cara, hit pop feito com Major Lazer e a drag Pabllo Vittar.

Os números são estrondosos. Paradinha, com 20 dias de lançamento, atingiu mais de 40 milhões de visualizações no YouTube e incontáveis paródias na internet. “Acho que são todas músicas muito boas, em primeiro lugar”, diz Anitta. “Switch gerou curiosidade do público que já me conhece ao me ver cantando em inglês com a Iggy e dos fãs dela, que estavam conhecendo o meu trabalho. Já Paradinha foi a minha primeira música planejada para o mercado nacional e internacional. Fiz com muito carinho, quis que tivesse um refrão fácil. Graças a Deus, deu certo. Sua cara foi composição minha, a convite do Major Lazer, com Pabllo Vittar. Gravar com eles deixou o resultado superlegal.”

Os resultados são ideais para Anitta, que, neste ano, apostou de vez em expandir a carreira. Em 2016, ela já havia gravado com os colombianos Maluma (Sim ou não) e J. Balvin (Ginza). Para chegar até aqui, calculou cada passo. “A minha preparação foi de estudo e planejamento. Viajei a outros países, fiz contatos. Queria entender as tendências do mercado fonográfico, o que as pessoas estão ouvindo, hoje, no mundo”, conta.

O estudo levou Anitta até a música latina, que tem mostrado força mundial com o sucesso do hit Despacito, do colombiano Luis Fonsi, e, especificamente no Brasil, com a presença da batida do reggaeton. “É um ritmo envolvente, com batida dançante e fiquei doida para gravar uma música com ele. Essa característica, muito presente na música latina, está com muita força”, analisa a cantora, que tem outro hit com batida de reggaeton, a canção Loka, dueto com a dupla Simone & Simaria.

A inserção latina é só mais uma aproximação dela com outros estilos. Ela já mostrou influências de gêneros como pop e reggae, o que levou a funkeira a ser questionada sobre um afastamento do funk. “Eu não me afastei do funk. Ele está em todos os meus CDs e shows. Só que, agora, as pessoas estão tendo acesso ao meu lado mais eclético. Sempre ouvi de tudo”

Trajetória

Eu vou ficar

No início da carreira, lançou Eu vou ficar. Fez parte do material de divulgação da Furacão 2000.

Menina má
Primeiro videoclipe com o objetivo de atingir público além dos bailes da Furacão 2000.

Show das poderosas
Primeiro dela a passar de 100 milhões de views. Foi o divisor de águas na carreira da funkeira, que conseguiu espaço no mercado.

Bang!
Com diretor de arte de Madonna, Giovanni Bianco, gravou o clipe que dá nome ao mais recente. Mostrou lado mais eclético da artista com pegada pop.