Levanta a poeira e a voz Sexta temporada do reality show musical The voice Brasil começa hoje, com estreia da cantora baiana Ivete Sangalo no time de técnicos

Luiza Maia
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Publicação: 21/09/2017 09:00

Rio de Janeiro - Com mudanças na competição e a imponente entrada de Ivete Sangalo, cuja presença roubou a cena no show de lançamento, realizado no Rio de Janeiro e disponível no Globo Play, a sexta temporada do The voice Brasil começa hoje, às 22h45, com exibições semanais, na Globo. A baiana estreia no reality show musical após dois anos na versão infantil, para substituir Claudia Leitte, agora com a missão de avaliar e treinar os pequenos, junto com as também novatas Simone e Simaria (no lugar de Victor & Leo).

“A criança é outra comunicação. O adulto, embora esteja tenso e na expectativa, já tem algumas vivências que fazem entender ou compreender o não e o sim. A criança está chegando, cabe a gente ter cuidado com as palavras”, analisa Ivete, sobre a nova empreitada. Grávida de gêmeos, ela anunciou ontem a ausência no carnaval de 2018.

As outras cadeiras vermelhas continuam ocupadas por Carlinhos Brown, Lulu Santos e Michel Teló. Novamente sob direção artística de Creso Eduardo Macedo, apresentação de Tiago Leifert e com Mariana Rios nos bastidores após a experiência no PopStar, o The voice Brasil entregará prêmio de R$ 500 mil, além de um contrato firmado com a gravadora Universal Music, ao vencedor.

O ingresso de Ivete ao time será celebrado com uma apresentação solo dela, além de um número do quarteto junto, no primeiro dia das famosas Audições às Cegas do The voice, criado na Holanda e exportado para vários países. A versão norte-americana venceu pelo terceiro ano consecutivo o Emmy de Melhor Reality Show de Competição, em cerimônia realizada no domingo passado.

Neste sexto ano, garante a equipe, o nível técnico dos aspirantes cresceu bastante. “As entrevistas estão rendendo de outro jeito. O cara já chega aqui sabendo o que quer, o que ele quer falar, a imagem que quer passar para quem está em casa. Ele já sonhou com aquilo, imaginou, simulou na cabeça dele. Eu brinco que é como bater um pênalti. E eles já vêm treinando”, compara Tiago Leifert, com gírias populares no meio geek e nas arenas de esportes. Ele retorna à mediação musical após agregar a experiência de comandar o Big brother Brasil 17.

A emoção provocada pela interpretação é o critério principal para garantir o aperto no botão, segundo os donos das poltronas. “Acho que nós aceitamos os candidatos como uma nova composição. Toda nota é importante, surpreendente. Ao final dessa suposta elaboração, sairá a grande harmonia que a gente sempre espera”, poetiza Brown.

“A música é sentimento puro. Lógico que, junto com o sentimento, a gente tem tudo que a música precisa: se o cara tá cantando afinado, que tenha um ritmo bacana”, indica o bicampeão Teló. A invencibilidade é atacada, entre risos, pelos outros três. “Quando ele quer o candidato, ele agarra: ‘Olha, eu já toquei na sua cidade várias vezes’”, recorda Lulu. “Ele seduz o candidato e, quando a gente vê, está bem assim para ele. Perigosíssimo. Ele vai seduzindo, fica todo mundo aos pés de Teló”, sentencia Veveta. Brincadeiras à parte, ganham o candidato e a música, defendem.
 
A jornalista viajou a convite da Globo

Etapas

Audições às Cegas

Primeira e mais marcante etapa do formato, dadas as “brigas” entre os técnicos e os depoimentos dos concorrentes. Ivete, Lulu, Brown e Carlinhos ficam de costas durante as 48 performances e apertam os botões vermelhos. Caso mais de um vire a cadeira, cabe ao escolhido a decisão.

Tira-teima
Dos 12 integrantes de cada time, quatro cantam em cada dia. Dois seguem adiante, pela opção do técnico.

Batalha
Com a escalação definitiva das equipes, duplas fazem duetos musicais. Os técnicos pontuam o melhor desempenho e definem quem deixa o programa. Cada um tem direito a dois “Peguei”, com a qual podem “adotar” o preterido.

Batalha dos Técnicos
Décimo programa, ao vivo, com disputa entre os times, definidos por sorteio, mas os técnicos apontam o candidato. A decisão será designada aos espectadores.

Remix
Destinada a reequilibrar os grupos, consiste em apresentações para as quais os técnicos devem apertar o botão vermelho novamente. Caso sejam aprovados por mais de um técnico, os pretendentes decidem com qual ficar. Dos 12, prosseguem dois.

Semifinal
Enxuga de duas para uma a quantidade de integrantes.
 
Final
Exibida no dia 23 de dezembro, segundo crivo do público.

Aquecimento na internet

Em mais uma estratégia voltada para o serviço de streaming Globo Play, no qual têm sido lançados capítulos de séries e outros produtos antes de serem televisionados, a emissora criou o The voice Brasil live. Apresentados por Mariana Rios, os programas serão exibidos às quartas-feiras, ao vivo, após A força do querer.

Entrevistados com convidados e candidatos da sexta e de outras temporadas anteriores do reality show musical, além de trechos marcantes da disputa, serão resgatados por ela. O primeiro foi ao ar ontem, com Renato Vianna, vencedor do The voice Brasil 5, e um esquenta sobre a primeira noite de Audições às Cegas feito por Tiago Leifert. Está disponível na plataforma, assim como as edições do The voice: Reencontro, lançado em 6 de setembro para recordar cantores já escolhidos pelos técnicos. O recifense Ayrton Montarroyos foi um dos participantes.