PERFIL » O ar sombrio de uma Massafera "Acredito muito na lei do retorno. Por isso que não forço nada. Tem gente que é vingativa. Eu não sou", Grazi Massagera, atriz

Publicação: 17/02/2018 03:00

Lívia, personagem interpretada por Grazi Massafera em O outro lado do paraíso, carrega um ar sombrio. O visual acompanha essa “pegada”, mas incluiria cabelo preto. Mas a atriz conversou com a equipe do folhetim e conseguiu adotar um tom puxado para o castanho. Segundo Grazi, a personagem é estranha e tem problemas em função da criação que recebeu da mãe, Sophia (Marieta Severo), a grande vilã. Assim, Lívia também fez e faz maldades com Clara (Bianca Bin), a ex esposa de Gael (Sergio Guizé). Na entrevista a seguir, a atriz, natural de Jacarezinho, no Paraná, fala sobre a lei do retorno, que é uma das temáticas da novela. Aos 35 anos, Grazi também comenta sobre o desejo de ser mãe novamente.

Revelada nacionalmente para o Brasil em 2005, quando participou da quinta temporada do Big brother Brasil, ela começou oficialmente a carreira de atriz em Páginas da vida (2006), mas só veio impressionar quando incorporou a modelo viciada em drogas Larissa, em Verdades secretas. A trama de Walcyr Carrasco foi o auge da jornada da paranaense e abriu portas. (Estadão conteúdo)

Entrevista // Grazi Massafera

Em O outro lado do paraíso, Lívia age de um jeito passional. Por quê?

É uma família meio estranha. Lívia é um pouquinho doentinha, muito ciumenta. O personagem do (Sergio) Guizé também é bastante possessivo e isso tem a ver com esse núcleo. Em algumas cenas, puxo um pouquinho dele pra mim. Vejo a Marieta (Severo) e tento absorver isso dela e entender a criação da Lívia.

O outro lado do paraíso fala sobre a lei do retorno. Você acredita que ela realmente existe?
Acredito muito na lei do retorno. Por isso que não forço nada. Tem gente que é vingativa, eu não sou. Acho que a vida já se encarrega. Acredito que a energia que você passa é a que recebe de volta e que a gente tem de tomar cuidado. Tenho consciência e até tento me melhorar para que voltem coisas boas.

Você vive uma ótima fase na carreira, depois de ter sido muito desacreditada no início. Como se sente?
Esforço e dedicação não são em vão quando são genuínos. Não perco tempo tentando provar nada para ninguém, porque me cobro. Sou assim comigo desde pequena. Quando entrei para o vôlei no colégio, era muito magricela e escutei a mulher do treinador dizendo: “Nossa! Essa daí não consegue nem segurar a bola, tira ela”. Fiquei magoada. Estava com 12 anos e não se fala isso para uma criança. Poderia ter levado para um lado negativo, mas transformei em motivação e virei capitã do time depois de seis anos. Fomos campeãs duas vezes no Paraná. Essa é uma história que prova que, desde pequena, tento me superar. A responsabilidade aqui (na novela) é pesada, o ritmo de trabalho é grande e a imprensa cobra. A gente se coloca em uma posição de destaque, mas leva tiro às vezes. Tudo tem um preço, mas também traz seus benefícios.

Você quer ser mãe novamente?

Não há nada planejado, mas tenho uma vontade real de ter outro filho. Sou totalmente maternal, mas não tenho data. Muitas coisas estão acontecendo no meu trabalho. As pessoas que me acompanham sabem disso e também o quanto eu batalhei para estar nesse momento de tanta atividade.