Bonecos e movimentos da Cia dos Homens Companhia completa 30 anos com curta temporada no Teatro de Santa Isabel, a partir de hoje

Emília Prado
Especial para o Diario

Publicação: 26/04/2018 03:00

Bonecos de pano, marionetes, fantoches ou gigantes. Todas essas figuras são familiares a quem conhece a cultura pernambucana. Motivado por isso, o grupo de dança Cia dos Homens, um dos pioneiros da linguagem contemporânea no estado, incorporou estes elementos culturais a seu novo espetáculo Em comum, que abre temporada esta noite, em comemoração aos 30 anos da companhia. Serão quatro apresentações, de hoje até sábado, no Teatro de Santa Isabel. Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada) e estão sendo vendidos na bilheteria do teatro.

Cláudia São Bento, diretora e coreógrafa do grupo desde 1999, convidou outros três artistas que, em algum momento, fizeram parte da história da companhia. Airton Tenório, um dos fundadores, o bailarino Cláudio Lacerda, membro da equipe entre 1992 e 1997, e Isabel Ferreira, que, desde 2008, compõe o elenco. Em 2009 os quatro iniciaram uma pesquisa e fizeram oficinas com artesãos de Pernambuco para compreenderem melhor a mecânica dos bonecos. “O Antero Assis, da Cia q-riso, de Igarassu, fez uma boneca linda que usamos na abertura do espetáculo com manipulação direta, também tivemos a colaboração do Luciano Pontes, artista de máscaras e tantos outros produtores da cidade”, conta a coreógrafa.

No palco, um quinteto interage com as variações dos objetos inanimados, rígidos e flexíveis, grandes e pequenos. Cada dançarino se identificou de alguma forma e faz abordagens diferentes com os bonecos. “O espetáculo não conta uma historinha, trazemos reflexões sobre movimentos e manipulação, que acontece não só com os bonecos, mas com os humanos, o que nos leva a pensar nas nossas escolhas e ações”, explica Cláudia, que compõe o time de bailarinos com Dayvison de Albuquerque, Isabel Ferreira, Jefferson Figueirêdo e Thainá Sousa.