Luz, câmera, ação!

Publicação: 22/05/2018 09:00

Embora seja mais facilmente reconhecido na música, o tropicalismo tem expressão também no teatro. O grande responsável, José Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina, levou aos palcos Roda viva, de Chico Buarque, e Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, ambas condenadas pelos militares. Antes, já a partir dos anos 1950, o dramaturgo Augusto Boal foi um dos responsáveis por intensificar o contato entre política e dramaturgia, além de estabelecer os alicerces do teatro do oprimido, sendo uma referência também para a geração de 1968.

Na tela grande, enquanto o cinema Novo estava a todo vapor com obras como Terra em transe (1967), de Glauber Rocha, outra vertente começa a ganhar força, o underground ou, como ficou conhecido no Brasil, o udigrudi. O marco do cinema marginal brasileiro foi O bandido da luz vermelha (1958), filme de estreia de Rogério Sganzerla que conseguiu mesclar bem conteúdo sociopolítico à cinematografia popular. No mesmo ano ainda foram lançados Jardim de guerra, de Neville D’Almeida e o curta-metragem Blá... blá... blá..., de Andrea Tonacci. Embora tenha sido gravado em 1968, Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, adaptação cinematográfica do livro de Mário de Andrade, estreou apenas em 1969.
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Uma vez em 1968