BRENO PESSOA
breno.pessoa@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 23/05/2018 03:00
Em uma rápida observação na programação dos cinemas é possível constatar que falta diversidade e representatividade nas salas de exibição, sobretudo no circuito comercial. De hoje até sábado, a Baobácine: Mostra de Filmes Africanos do Recife, abre espaço para produções raramente vistas em salas brasileiras. Os quatro dias de evento apresentarão títulos clássicos e contemporâneos do continente. As sessões serão realizadas no Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175, Boa Vista), sempre a partir das 19h. As entradas custam R$ 6 e R$ 3 (meia). A sessão de abertura será com Félicité, de Alain Gomis.
A mostra, realizada pela Fazendo Milagres Cineclube em parceria com Janaína Oliveira, fundadora e coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (FICINE), trará sete produções africanas, entre curtas, médias e longas-metragens, de diferentes origens: Burkina Faso, Congo, Mali, Mauritânia, Niger e Senegal. O evento foi viabilizado por recursos do Funcultura.
“Nossos cinemas quase nunca trazem os filmes africanos”, diz a coordenadora da mostra, Natália Lopes, sobre rara presença desses títulos, seja em salas comerciais ou do circuito alternativo. “Pensamos em dar visibilidade a esses filmes, em uma casa tradicional de cinema, no centro da cidade”, acrescenta. A realizadora também destaca que a África conta com grande variedade de produções na atualidade, muitas em coprodução com países europeus, mas que raramente circulam pelo Brasil, exceto em exibições pontuais nas programações de festivais.
Para fazer esse trabalho praticamente de apresentação dos filmes, a curadoria trouxe uma seleção enxuta, mas diversificada, com filmes clássicos e contemporâneos. O título mais antigo selecionado é o curta-metragem África sobre o Sena (1957), de Mamadou Sarr e Paulin Vieyra. Considerado o primeiro filme dirigido por africanos, a produção foi rodada exclusivamente em Paris, por falta de autorização para os realizadores gravarem em sua terra natal. Outro recorte que a mostra traz é o de realizadoras mulheres, com Contos cruéis de guerra, de Ibea Atondi, e À espera dos homens, de Katy Ndaye.
Programação
Quarta-feira – 19h
Félicité (2017), de Alain Gomis
Quinta-feira – 19h
Pioneiros do Cinema Africano
Expressões Contemporâneas do Cinema Africano
Expressões Contemporâneas do Cinema Africano
A mostra, realizada pela Fazendo Milagres Cineclube em parceria com Janaína Oliveira, fundadora e coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (FICINE), trará sete produções africanas, entre curtas, médias e longas-metragens, de diferentes origens: Burkina Faso, Congo, Mali, Mauritânia, Niger e Senegal. O evento foi viabilizado por recursos do Funcultura.
“Nossos cinemas quase nunca trazem os filmes africanos”, diz a coordenadora da mostra, Natália Lopes, sobre rara presença desses títulos, seja em salas comerciais ou do circuito alternativo. “Pensamos em dar visibilidade a esses filmes, em uma casa tradicional de cinema, no centro da cidade”, acrescenta. A realizadora também destaca que a África conta com grande variedade de produções na atualidade, muitas em coprodução com países europeus, mas que raramente circulam pelo Brasil, exceto em exibições pontuais nas programações de festivais.
Para fazer esse trabalho praticamente de apresentação dos filmes, a curadoria trouxe uma seleção enxuta, mas diversificada, com filmes clássicos e contemporâneos. O título mais antigo selecionado é o curta-metragem África sobre o Sena (1957), de Mamadou Sarr e Paulin Vieyra. Considerado o primeiro filme dirigido por africanos, a produção foi rodada exclusivamente em Paris, por falta de autorização para os realizadores gravarem em sua terra natal. Outro recorte que a mostra traz é o de realizadoras mulheres, com Contos cruéis de guerra, de Ibea Atondi, e À espera dos homens, de Katy Ndaye.
Programação
Quarta-feira – 19h
Félicité (2017), de Alain Gomis
Quinta-feira – 19h
Pioneiros do Cinema Africano
- África sobre o Sena (1957), de Mamadou Sarr e Paulin Vieyra
- O Retorno do Aventureiro (1966), de Moustapha AlassaneDe
- Contos cruéis de guerra (2002), de Ibea Atondi
- À espera dos homens (2007), de Katy Ndaye
Expressões Contemporâneas do Cinema Africano
- São eles os cães (2013), de Hicham Lasri
Expressões Contemporâneas do Cinema Africano
- Wùlu (2016), de Daouda Coulibaly