Publicação: 30/06/2018 03:00
Da mesma forma como mudaram os hábitos de assistir séries, estimulando o binge-watching, o hábito de ver vários episódios na sequência, os serviços de streaming estão influenciando o modo de produção dos shows. Se em alguns gêneros a estrutura de uma grande história fracionada em capítulos já é algo usual, o modelo ainda não é tão difundido na comédia, principalmente nas sitcoms.
Assistir, seguidamente, a vários episódios de uma produção pensada originalmente para exibição semanal na TV, não raro, pode evidenciar a repetição de certas estruturas. “É um desafio novo nas mãos fazer uma série de comédia na época do binge-watching”, diz Felipe Braga, criador de Samantha! “É cultura de audiência totalmente diferente, que assiste a temporada da série de uma vez só, no final de semana, ou em uma noite”, acrescenta.
“Isso, para comédia especificamente, é um desafio muito grande. Porque tradicionalmente a comédia tende a não ter transformação de personagens ao longo das temporadas, eles têm os mesmos defeitos e as mesmas questões e você ‘restarta’ isso a cada episódio”, analisa. O autor diz que o hábito de maratonar tem levado roteiristas a pensar as produções televisivas de maneira mais similar ao que se faz aos filmes. “Quando as pessoas começam a assistir uma série de uma vez só, acaba havendo uma pressão de dramatização na história, de ter um arco dramático, de personagens que querem alguma coisa, que conseguem ou não, e se transformam um pouco”, observa.
“A gente conseguiu absorver um pouco os desafios que nossos amigos passaram fazendo a primeira (3%) e a segunda (O mecanismo) séries originais”, diz a produtora Rita Moraes a respeito do aprendizado com os realizadores de outras produções nacionais do serviço de streaming. “Mas eles estavam circulando em universos diferentes”, comenta. Para ela, mais desafiador do que encontrar um apelo universal para Samantha! (o show vai estrear nos mais de 190 países onde a Netflix funciona) era encontrar o ritmo certo para narrativa de uma comédia a ser maratonada. “É um gênero que ninguém experimentou muito, é um desafio único pra gente.”, explicou Moraes.
O repórter viajou a convite da Netflix
Assistir, seguidamente, a vários episódios de uma produção pensada originalmente para exibição semanal na TV, não raro, pode evidenciar a repetição de certas estruturas. “É um desafio novo nas mãos fazer uma série de comédia na época do binge-watching”, diz Felipe Braga, criador de Samantha! “É cultura de audiência totalmente diferente, que assiste a temporada da série de uma vez só, no final de semana, ou em uma noite”, acrescenta.
“Isso, para comédia especificamente, é um desafio muito grande. Porque tradicionalmente a comédia tende a não ter transformação de personagens ao longo das temporadas, eles têm os mesmos defeitos e as mesmas questões e você ‘restarta’ isso a cada episódio”, analisa. O autor diz que o hábito de maratonar tem levado roteiristas a pensar as produções televisivas de maneira mais similar ao que se faz aos filmes. “Quando as pessoas começam a assistir uma série de uma vez só, acaba havendo uma pressão de dramatização na história, de ter um arco dramático, de personagens que querem alguma coisa, que conseguem ou não, e se transformam um pouco”, observa.
“A gente conseguiu absorver um pouco os desafios que nossos amigos passaram fazendo a primeira (3%) e a segunda (O mecanismo) séries originais”, diz a produtora Rita Moraes a respeito do aprendizado com os realizadores de outras produções nacionais do serviço de streaming. “Mas eles estavam circulando em universos diferentes”, comenta. Para ela, mais desafiador do que encontrar um apelo universal para Samantha! (o show vai estrear nos mais de 190 países onde a Netflix funciona) era encontrar o ritmo certo para narrativa de uma comédia a ser maratonada. “É um gênero que ninguém experimentou muito, é um desafio único pra gente.”, explicou Moraes.
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