Um dos mais influentes bateristas da história da música, o nigeriano Tony Allen morreu ontem, aos 79 anos. Ele foi um dos maiores propagadores do afrobeat, ritmo que esteve em alta na década de 1970 e influenciou artistas de várias gerações. O óbito foi anunciado por Sandra Iszadore, cantora e ex-mulher de um dos grandes amigos de Tony, o lendário Fela Kuti. A causa do óbito não foi divulgada. “Sem Tony Allen, não haveria o afrobeat”, disse certa vez o saxofonista Fela Kuti.
 
Autodidata, Tony começou a tocar aos 18 anos, enquanto trabalhava numa rádio nigeriana. Com o tempo, desenvolveu estilo próprio. No final dos anos 1960, após Fela voltar de uma viagem aos EUA, Tony formou com ele o grupo Africa ‘70, influenciado por artistas como James Brown e Sly Stone e pelo movimento negro na América. Tony gravou mais de 30 álbuns com Fela e o Africa ‘70 e outros mais em carreira solo.

Também gravou com o grupo francês Air e a cantora francesa Charlotte Gainsbourg, além de ter tocado com o cantor Damon Albarn (Blur), o baixista Paul Simonon (Clash) e o grupo The Good, The Bad and The Queen. Participou ainda do álbum da banda carioca Abayomy Afrobeat Orquestra. No mês passado, lançou Rejoice, gravado em 2010 com o trompetista sul-africano Hugh Masekela.