Uma carreira marcada por grandes reportagens e obras

Publicação: 30/05/2020 03:00

Em suas colunas, na Folha, Gilberto Dimenstein defendeu o uso do transporte público, divulgou iniciativas sociais e deu opiniões controversas, como penas alternativas à cadeia para infratores que não oferecem risco à vida. Nos últimos meses, vinha dedicando suas postagens em redes sociais a críticas ao governo Jair Bolsonaro e à defesa da democracia.

Na carreira de jornalista, Dimenstein recebeu diversos prêmios, inclusive o Prêmio Esso de 1988, na categoria principal, com a reportagem A lista da fisiologia, que escreveu na Folha, sobre políticos intermediários de repasses para programas sociais, em esquema de tráfico de influência entre Executivo e Legislativo. No ano seguinte, venceu o Prêmio Esso, na categoria Informação Política, com a reportagem O grande golpe.

Seu livro O cidadão de papel, sobre diretos da criança, venceu o Prêmio Jabuti na categoria de melhor livro de não-ficção em 1993. O jornalista colecionou ainda Prêmios Líbero Badaró de Imprensa, um Prêmio Comunique-se, na categoria Jornalista de Cultura - Mídia Livre (2012), um Prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com D. Paulo de Evaristo Arns (1995), um Prêmio Criança e Paz, da Unicef (1993), e Menção Honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia, em Nova York (1990).

Também se destacou na Folha com série de reportagens, de 1987, para mostrar que o então presidente José Sarney liberou recursos para as bases eleitorais de deputados dispostos a apoiar o mandato de cinco anos. Em 1999, revelou que a Fundação Visconde de Cabo Frio, ligada ao Ministério das Relações Exteriores, pagava funcionários em dólar, com depósitos em Londres. (Folhapress)