Publicação: 02/07/2021 06:15
Qual o sentimento de ser escolhido como o homenageado numa edição cujo tema é o negro no cinema brasileiro?
Neste ano, que está tão difícil de filmar e conseguir voltar à nossa atividade, é um reconhecimento e um incentivo para todos nós continuarmos produzindo cinema de qualidade. Quanto à edição do cinema negro, eu me sinto muito honrado, porque cada dia que passa temos visto no Brasil várias dessas vozes contando suas histórias. É um dos cinemas mais potentes que temos. .
Ao longo de duas décadas de trabalho, você percebeu mudanças não só quantitativas, mas também na forma em que o negro participa e é representado nas grandes produções nacionais?
Ainda não está no lugar dos meus sonhos. Tem muitas histórias que merecem ser contadas, e eu acho que é um tipo de cinema que pode renovar a nossa indústria, inclusive. Não estou falando isso somente pela demanda social, mas porque o mercado precisa de novas histórias. Um ponto super positivo que eu venho percebendo é o trabalho de várias pessoas, como o coletivo encabeçado pela Glenda Nicácio (Café com Canela), o trabalho da Viviane Ferreira, do Jeferson De, todos eles têm sido uma peça fundamental para esse cinema ter mais visibilidade e produções.
Como está sendo a recepção e a experiência de circular com seu primeiro longa?
Medida provisória tem tido uma recepção até acima da minha expectativa, com muitas críticas positivas, passando em muitos festivais. A visão que o público e os críticos estão tendo do filme tem me ensinado muito sobre a história que nós contamos. Agora eu estou ansioso para ter esse retorno também do Brasil, mas infelizmente não é possível agora. Nós temos o plano de, em novembro, poder ir aos cinemas e mostrar o filme no país.
O cinema nacional terá novos desafios ou novas oportunidades para voltar a alcançar e dialogar com o público?
Acho que, se por um lado tem um desafio criativo de saber qual é o cinema do mundo pós-pandêmico, tem uma oportunidade também de a gente renovar as nossas histórias. Eu não sei, por exemplo, qual história eu gostaria de contar quando tudo isso passar, mas sei que é uma oportunidade. Recentemente, saiu um número sobre a cadeia de trabalho da cultura. São 243 mil pessoas, desde técnicos, motoristas, atores, músicos, mixadores, pintores, etc. São 243 mil pessoas atingidas diretamente pela crise. Não sei o que vai acontecer. Se as pessoas vão trocar de profissão, se a gente vai conseguir financiamento para viabilizar, mas isso é algo muito importante de pensarmos. Quando você fala dessa cadeia produtiva da cultura, do cinema, ela envolve uma movimentação econômica muito valiosa para um país. Essa cadeia que também emprega tanta gente precisa ser olhada com carinho.
Neste ano, que está tão difícil de filmar e conseguir voltar à nossa atividade, é um reconhecimento e um incentivo para todos nós continuarmos produzindo cinema de qualidade. Quanto à edição do cinema negro, eu me sinto muito honrado, porque cada dia que passa temos visto no Brasil várias dessas vozes contando suas histórias. É um dos cinemas mais potentes que temos. .
Ao longo de duas décadas de trabalho, você percebeu mudanças não só quantitativas, mas também na forma em que o negro participa e é representado nas grandes produções nacionais?
Ainda não está no lugar dos meus sonhos. Tem muitas histórias que merecem ser contadas, e eu acho que é um tipo de cinema que pode renovar a nossa indústria, inclusive. Não estou falando isso somente pela demanda social, mas porque o mercado precisa de novas histórias. Um ponto super positivo que eu venho percebendo é o trabalho de várias pessoas, como o coletivo encabeçado pela Glenda Nicácio (Café com Canela), o trabalho da Viviane Ferreira, do Jeferson De, todos eles têm sido uma peça fundamental para esse cinema ter mais visibilidade e produções.
Como está sendo a recepção e a experiência de circular com seu primeiro longa?
Medida provisória tem tido uma recepção até acima da minha expectativa, com muitas críticas positivas, passando em muitos festivais. A visão que o público e os críticos estão tendo do filme tem me ensinado muito sobre a história que nós contamos. Agora eu estou ansioso para ter esse retorno também do Brasil, mas infelizmente não é possível agora. Nós temos o plano de, em novembro, poder ir aos cinemas e mostrar o filme no país.
O cinema nacional terá novos desafios ou novas oportunidades para voltar a alcançar e dialogar com o público?
Acho que, se por um lado tem um desafio criativo de saber qual é o cinema do mundo pós-pandêmico, tem uma oportunidade também de a gente renovar as nossas histórias. Eu não sei, por exemplo, qual história eu gostaria de contar quando tudo isso passar, mas sei que é uma oportunidade. Recentemente, saiu um número sobre a cadeia de trabalho da cultura. São 243 mil pessoas, desde técnicos, motoristas, atores, músicos, mixadores, pintores, etc. São 243 mil pessoas atingidas diretamente pela crise. Não sei o que vai acontecer. Se as pessoas vão trocar de profissão, se a gente vai conseguir financiamento para viabilizar, mas isso é algo muito importante de pensarmos. Quando você fala dessa cadeia produtiva da cultura, do cinema, ela envolve uma movimentação econômica muito valiosa para um país. Essa cadeia que também emprega tanta gente precisa ser olhada com carinho.
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"É um dos cinemas mais potentes que temos"