Herança judaica em exposição
Mostra "Israel - Ontem, Hoje e Amanhã - as marcas e contribuições deixadas em Pernambuco e no Recife" é opção cultural a partir do próximo domingo
Publicação: 11/05/2023 07:00
O Bairro do Recife, que já teve recentemente inaugurado o “Memorial Judaico – Portal de Honra ao Povo Judeu”, na praça Tiradentes, será palco para a exposição “Israel - Ontem, Hoje e Amanhã - as marcas e contribuições deixadas em Pernambuco e no Recife”. O local escolhido para receber a mostra foi o Museu Cais do Sertão, na Sala São Francisco, do próximo domingo, às 14h, até 30 de junho.
A exposição coletiva é uma realização da Organização Glória em Vez de Cinza, fundada há 15 anos em Auschwitz, na Polônia, com sede também no Brasil, com patrocínio da Câmara de Comércio Pernambuco-Israel e apoio do Governo do Estado.
Em 2020, o Instituto Glória em Vez de Cinza em parceria com o Instituto Portal do Avivamento Recife doou à capital pernambucana o monumento de uma tonelada e cinco metros de altura instalado no Cais do Apolo, idealizado por Graça Lacerda e seu filho Thiago Lacerda. A obra integra uma série de ações, incluindo a exposição no Cais do Sertão, em prol do resgate da memória e do legado do povo judeu que viveu em Pernambuco durante a ocupação holandesa e foi expulso pelos portugueses no século XVII.
Idealizada pelo escritor e artista Charrier Bernardes, que vive no Reino Unido, a mostra reúne mais de 30 peças entre pinturas, esculturas, painéis luminosos, objetos e vídeos.
O público poderá conferir painéis cedidos pelo maior museu do Holocausto em Jerusalém, o Yad Vashem. Intitulados “Como foi humanamente possível?”, os painéis recontam em fotos e informações a história da Guerra. Aliás, a exposição é dividida em quatro atos: Nascimento da Nação Israel e Os Benefícios Entregues ao Mundo; Destruição, Diáspora, Perseguições e Massacre; Holocausto; Retorno e Renascimento de Israel.
Esculturas em pedra dos Dez Mandamentos serão expostas em tamanho 50 X 80 cm. Uma Estrela de Davi, hexagrama símbolo de proteção, e um Menorá, o candelabro de sete pontas que igualmente representa a essência de Israel, também integram a exposição e estarão dispostos próximos também a um oratório, que remeterá ao romance “O Segredo do Oratório”, da escritora Luize Valente, descendente de cristãos-novos, que reconta as influências judaicas no Sertão nordestino.
O livro foi uma das fontes de inspiração para a exposição assim como histórias contadas por sertanejos, gente simples e até famosas como o cantador Santanna. O músico não esconde suas origens e relata com orgulho influências presentes na cultura e identidade local até hoje. Como exemplo, o famoso chapéu de cangaceiro, que traz a Estrela de Davi, assim como o quipá, peça de vestuário usada na cabeça dos judeus como forma de proteção. O chapéu ainda é chamado por muitos no interior pernambucano de kipper.
“A ideia da exposição nasceu a partir do Memorial Judaico instalado na Praça Tiradentes. Pernambuco foi o portal onde tudo isso começou, vê-se por aqui uma forte herança e marcas deixadas pelo povo judeu como legado cultural, urbanístico, econômico e uma história riquíssima que sentimos necessidade de reavivar. Hoje a comunidade atual, proveniente do Leste Europeu, está em sua segunda e terceira geração, mas as marcas ainda são muito evidentes”, afirma Charrier.
A exposição coletiva é uma realização da Organização Glória em Vez de Cinza, fundada há 15 anos em Auschwitz, na Polônia, com sede também no Brasil, com patrocínio da Câmara de Comércio Pernambuco-Israel e apoio do Governo do Estado.
Em 2020, o Instituto Glória em Vez de Cinza em parceria com o Instituto Portal do Avivamento Recife doou à capital pernambucana o monumento de uma tonelada e cinco metros de altura instalado no Cais do Apolo, idealizado por Graça Lacerda e seu filho Thiago Lacerda. A obra integra uma série de ações, incluindo a exposição no Cais do Sertão, em prol do resgate da memória e do legado do povo judeu que viveu em Pernambuco durante a ocupação holandesa e foi expulso pelos portugueses no século XVII.
Idealizada pelo escritor e artista Charrier Bernardes, que vive no Reino Unido, a mostra reúne mais de 30 peças entre pinturas, esculturas, painéis luminosos, objetos e vídeos.
O público poderá conferir painéis cedidos pelo maior museu do Holocausto em Jerusalém, o Yad Vashem. Intitulados “Como foi humanamente possível?”, os painéis recontam em fotos e informações a história da Guerra. Aliás, a exposição é dividida em quatro atos: Nascimento da Nação Israel e Os Benefícios Entregues ao Mundo; Destruição, Diáspora, Perseguições e Massacre; Holocausto; Retorno e Renascimento de Israel.
Esculturas em pedra dos Dez Mandamentos serão expostas em tamanho 50 X 80 cm. Uma Estrela de Davi, hexagrama símbolo de proteção, e um Menorá, o candelabro de sete pontas que igualmente representa a essência de Israel, também integram a exposição e estarão dispostos próximos também a um oratório, que remeterá ao romance “O Segredo do Oratório”, da escritora Luize Valente, descendente de cristãos-novos, que reconta as influências judaicas no Sertão nordestino.
O livro foi uma das fontes de inspiração para a exposição assim como histórias contadas por sertanejos, gente simples e até famosas como o cantador Santanna. O músico não esconde suas origens e relata com orgulho influências presentes na cultura e identidade local até hoje. Como exemplo, o famoso chapéu de cangaceiro, que traz a Estrela de Davi, assim como o quipá, peça de vestuário usada na cabeça dos judeus como forma de proteção. O chapéu ainda é chamado por muitos no interior pernambucano de kipper.
“A ideia da exposição nasceu a partir do Memorial Judaico instalado na Praça Tiradentes. Pernambuco foi o portal onde tudo isso começou, vê-se por aqui uma forte herança e marcas deixadas pelo povo judeu como legado cultural, urbanístico, econômico e uma história riquíssima que sentimos necessidade de reavivar. Hoje a comunidade atual, proveniente do Leste Europeu, está em sua segunda e terceira geração, mas as marcas ainda são muito evidentes”, afirma Charrier.