Abrem-se cortinas, derrubam-se muros
Festival Palco Giratório contempla atividades cênicas para todas as idades, tanto gratuitas quanto a preços populares, durante 17 dias
Allan Lopes
Publicação: 14/05/2024 03:00
Após dez anos de espera, os pernambucanos serão finalmente recompensados com o retorno do Festival Palco Giratório à agenda cultural do estado. As apresentações ocuparão teatros e espaços públicos no Centro do Recife e na Zona Sul, a partir da próxima quinta-feira (16/05) até 1º de junho. Reconhecido nacionalmente por difundir as artes cênicas através de espetáculos, o evento, criado e realizado pelo Sesc, chega à 26ª edição repleto de opções gratuitas e a preços populares para todas as idades.
Entre pouco mais de 100 produções inscritas, foram selecionadas 30 montagens locais, além de outras 16 de diferentes estados do Brasil. Segundo Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, o público pernambucano tem o discernimento para degustar a diversidade do teatro nacional. "Temos um estado forte do ponto de vista de criatividade, saber e fazer cultural, mas também de presença de público, que cada vez mais acompanha as produções e vive o que as artes cênicas propiciam", comenta.
Pedro Rodrigues, técnico de Artes Cênicas do Sesc Pernambuco e organizador do Festival, destaca que o Palco Giratório "fomentava, movimentava e educava, ouso dizer, muito a cena local de Pernambuco" a partir da sua primeira edição, em 1998. Além de reconquistar a participação dos fazedores de cultura, o objetivo é atrair o público por meio da quebra do elitismo em ambientes culturais. "Estamos rompendo com um imaginário de que esse tipo de experiência é muito restrita".
Ao longo dos 17 dias, estão previstas atividades nos teatros Capiba, Marco Camarotti, Hermilo Borba Filho, do Parque, Apolo, Santa Isabel e Luiz Mendonça. Além disso, o festival se expandirá para espaços alternativos e sedes de coletivos importantes e também para locais ao ar livre, como a Praça do Campo Santo, no bairro de Santo Amaro. Pedro Rodrigues ressalta o papel crucial das artes nesses locais. "Isso está alinhado com a discussão sobre a transformação dos espaços urbanos que deveriam ser de convívio entre a população, mas que, em alguns contextos, estão cada vez mais negligenciados".
Com uma média de três apresentações por dia, o Palco Giratório vai explorar temáticas que abordam questões contemporâneas da sociedade, como intergeracionalidade, negritude, ancestralidade e inclusão. Entre os destaques estão Zaratustra: uma transvaloração dos valores, dirigida pelo diretor, ator e criador cultural Amir Haddad, e Herança, do cantor e diretor musical Maurício Tizumba. Ambos contracenam com atores mais jovens e levantam debate sobre convivência entre diferentes gerações. Homenageados desta edição, Tizumba e Haddad estarão no Recife ainda neste mês para suas apresentações.
No dia de estreia, todas as atividades serão gratuitas e terão início com um desfile pelas ruas do bairro da Boa Vista. A saída, marcada para as 16h30, será na Rua da Imperatriz, com destino ao Teatro do Parque.
O percurso contará com apresentação itinerante de 10 grupos culturais locais: Orquestra Henrique Dias, Boi Marinho, Maracatu Nação Estrela Brilhante, Caboclinho 7 Flexas, quadrilhas juninas Arrocha o Nó, Balancê e Matutinho, Grupo de Teatro Padre Reginaldo Veloso, Ballet Andarilho, Fábrica Fazendo Arte, Grupo de Capoeira Legião, Orquestra de Música do Nac, Banda Marcial da Escola Municipal Antônio Farias Filho
Nos demais dias, estarão em cena Procedimento#6, de Jackeline Mourão e Reginaldo Borge (MS); O equilibrista, da Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas (DF); Nuvem de pássaros, da Movidos Dança (RN); Mundos, do Grupo Maria Cutia de Teatro (MG); Maria Firmina dos Reis, do Núcleo Atmosfera (MA); Mar Acá, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças (RR); Fábrica dos Ventos, da Trupe Lona Preta (SP); Desvio, da Muovere Cia de Dança (RS); Circo de los pies, da La Luna Cia de Teatro (SC); Cabelos arrepiados, da Buia Teatro Company (AM); Alegria de náufragos, do Coletivo Ser Tão Teatro (PB); Adobe - Luciana Caetano, do Grupo Solo de Dança (GO) e Abebé, do Grupo de Dança Afro NegraÔ (ES).
Entre pouco mais de 100 produções inscritas, foram selecionadas 30 montagens locais, além de outras 16 de diferentes estados do Brasil. Segundo Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, o público pernambucano tem o discernimento para degustar a diversidade do teatro nacional. "Temos um estado forte do ponto de vista de criatividade, saber e fazer cultural, mas também de presença de público, que cada vez mais acompanha as produções e vive o que as artes cênicas propiciam", comenta.
Pedro Rodrigues, técnico de Artes Cênicas do Sesc Pernambuco e organizador do Festival, destaca que o Palco Giratório "fomentava, movimentava e educava, ouso dizer, muito a cena local de Pernambuco" a partir da sua primeira edição, em 1998. Além de reconquistar a participação dos fazedores de cultura, o objetivo é atrair o público por meio da quebra do elitismo em ambientes culturais. "Estamos rompendo com um imaginário de que esse tipo de experiência é muito restrita".
Ao longo dos 17 dias, estão previstas atividades nos teatros Capiba, Marco Camarotti, Hermilo Borba Filho, do Parque, Apolo, Santa Isabel e Luiz Mendonça. Além disso, o festival se expandirá para espaços alternativos e sedes de coletivos importantes e também para locais ao ar livre, como a Praça do Campo Santo, no bairro de Santo Amaro. Pedro Rodrigues ressalta o papel crucial das artes nesses locais. "Isso está alinhado com a discussão sobre a transformação dos espaços urbanos que deveriam ser de convívio entre a população, mas que, em alguns contextos, estão cada vez mais negligenciados".
Com uma média de três apresentações por dia, o Palco Giratório vai explorar temáticas que abordam questões contemporâneas da sociedade, como intergeracionalidade, negritude, ancestralidade e inclusão. Entre os destaques estão Zaratustra: uma transvaloração dos valores, dirigida pelo diretor, ator e criador cultural Amir Haddad, e Herança, do cantor e diretor musical Maurício Tizumba. Ambos contracenam com atores mais jovens e levantam debate sobre convivência entre diferentes gerações. Homenageados desta edição, Tizumba e Haddad estarão no Recife ainda neste mês para suas apresentações.
No dia de estreia, todas as atividades serão gratuitas e terão início com um desfile pelas ruas do bairro da Boa Vista. A saída, marcada para as 16h30, será na Rua da Imperatriz, com destino ao Teatro do Parque.
O percurso contará com apresentação itinerante de 10 grupos culturais locais: Orquestra Henrique Dias, Boi Marinho, Maracatu Nação Estrela Brilhante, Caboclinho 7 Flexas, quadrilhas juninas Arrocha o Nó, Balancê e Matutinho, Grupo de Teatro Padre Reginaldo Veloso, Ballet Andarilho, Fábrica Fazendo Arte, Grupo de Capoeira Legião, Orquestra de Música do Nac, Banda Marcial da Escola Municipal Antônio Farias Filho
Nos demais dias, estarão em cena Procedimento#6, de Jackeline Mourão e Reginaldo Borge (MS); O equilibrista, da Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas (DF); Nuvem de pássaros, da Movidos Dança (RN); Mundos, do Grupo Maria Cutia de Teatro (MG); Maria Firmina dos Reis, do Núcleo Atmosfera (MA); Mar Acá, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças (RR); Fábrica dos Ventos, da Trupe Lona Preta (SP); Desvio, da Muovere Cia de Dança (RS); Circo de los pies, da La Luna Cia de Teatro (SC); Cabelos arrepiados, da Buia Teatro Company (AM); Alegria de náufragos, do Coletivo Ser Tão Teatro (PB); Adobe - Luciana Caetano, do Grupo Solo de Dança (GO) e Abebé, do Grupo de Dança Afro NegraÔ (ES).