Fundaj recebe acervo de casal abolicionista Pernambucanos Olegária da Costa Gama e José Mariano Carneiro da Cunha foram importantes na luta pela abolição da escravidão em Pernambuco

Publicação: 04/07/2024 03:00

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) recebeu nesta semana a doação de arquivos fotográficos inéditos relacionados ao casal de abolicionistas pernambucanos Olegária da Costa Gama e José Mariano Carneiro da Cunha, a Coordenação-Geral de Estudos da História Brasileira (Cehibra), situado no campus Anísio Teixeira, em Apipucos. A contribuição foi ofertada pela Mestra em Educação Gilberta Acselrad, que detinha os registros, e foi representada na ocasião pela jornalista e pesquisadora Adriana Santana. O Cehibra é um centro de pesquisa vinculado à  Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca).

O acervo, composto por duas caixas pequenas com documentos iconográficos, destinados para avaliação e parecer técnico da Comissão Permanente de Acervo Arquivístico, Bibliográfico e Museológico da Fundaj, foi apresentado por Adriana Santana em reunião formada pelo diretor da Dimeca, Túlio Velho Barreto, a coordenadora-geral do Cehibra, Nadja Tenório, e a coordenadora do Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc), Sylvia Costa Couceiro.

Túlio Velho Barreto reforçou a importância dos arquivos em termos institucionais. "A doação de um acervo como este apresenta dois tipos de reconhecimento à Fundaj. O primeiro vem da própria família dos abolicionistas, que confia nesta instituição responsável por fornecer o tratamento dispensado ao acervo previamente doado pelos mesmos na década de 90. É uma aprovação, também, da Fundaj enquanto um lugar de pesquisa, informação, extensão cultural e memória, capaz de receber um acervo desse porte", comentou.

A coordenadora do Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc) da Fundaj, Sylvia Costa Couceiro, explicou a relevância desse tipo de material para a memória pernambucana e à Fundaj. "Os personagens retratados nessas imagens foram atuantes na luta abolicionista do Estado, em especial, e acho que a mais importante, a presença feminina de Dona Olegarinha, que reforçou o papel das mulheres da família na preservação desse acervo, caso contrário não teríamos acesso ao mesmo nos dias atuais", comenta a coordenadora.