Ator termina 'jejum' de 11 anos com Vale Tudo Na releitura da trama de 1988 adaptada por Manuela Dias, o artista interpretará o icônico mordomo Eugênio, vivido na versão original pelo saudoso Sérgio Mamberti

ROBSON GOMES
Giro Blog

Publicação: 20/01/2025 03:00

Afastado da televisão aberta desde 2014, quando fez parte do elenco do humorístico Zorra Total, da TV Globo, o ator carioca Luis Salem está de volta à emissora e em uma das novelas mais aguardadas deste ano: o remake de Vale Tudo, que tem previsão de estreia para o final de março. Na releitura da trama de 1988 – considerada a mais importante da teledramaturgia brasileira – escrita por Gilberto Braga, pelo pernambucano Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, o artista interpretará o icônico mordomo Eugênio, vivido na versão original pelo saudoso Sérgio Mamberti.

Hoje, vivendo em Salvador, Salem conversa com exclusividade com o Diario sobre este novo desafio e conta qual o espaço que esta grande novela do final dos anos 1980 ocupa em sua vida: “Vale Tudo é muito especial para mim. Eu era jovem na época e lembro que a novela mobilizou o Brasil inteiro. Foi uma das primeiras tramas a abordar a ética, a luta de classes, com personagens inesquecíveis. Evidentemente, fui apaixonado por Heleninha, vivida por Renata Sorrah, mas adorava o desempenho de Glória Pires... Tenho a novela toda na minha mente até hoje. E me sinto muito honrado de participar desse remake”.

O ator conta que o convite veio da própria autora da nova versão, Manuela Dias. “Conheço a Manuela há muitos anos. Tive a honra de dirigir o primeiro espetáculo dela, Sou Quatro. Me encantei com o trabalho dela na novela Amor de Mãe, e nas séries Justiça e Justiça 2, e partiu dela o convite para Vale Tudo, porque ela lembrou de mim e achou que eu poderia fazer o Eugênio”, relembra.

Na versão original, Eugênio era o antigo copeiro na casa de Celina (Nathalia Timberg). Ele seria considerado uma pessoa da família, não fosse a sua antiquada noção de hierarquia social. No fundo, era um esnobe, profundo conhecedor do cinema americano dos anos 1930 e 1950, e vivia citando filmes e cenas de cor.

Para Salem, reviver o personagem do ator, falecido em 2021, será uma forma de homenageá-lo à sua maneira: “Minha pretensão é, com todo o respeito, me distanciar um pouco da interpretação do Mamberti. Até porque, acho maravilhoso o que ele fez. Mas no remake, quero fazer do meu jeito, pois muitos anos se passaram de 1988 para cá. O mundo mudou, o comportamento mudou, e tenho buscado criar um novo Eugênio.”