No Teatro Apolo, bonecos encenam Paixão de Cristo Narrando os últimos passos de Jesus, o texto é uma adaptação livre do diretor, produtor, ator e bonequeiro Jorge Costa, com direção geral de Izabel Concessa

Publicação: 17/04/2025 03:00

Os bonecos são confeccionados pelo grupo Mão Molenga (DIVULGAÇÃO)
Os bonecos são confeccionados pelo grupo Mão Molenga
O calvário de Jesus encenado por bonecos. É isso que será apresentado na Paixão de Cristo dos Bonecos, no Teatro Apolo, hoje e amanhã, às 16h30. A montagem é uma iniciativa da Associação Pernambucana de Teatro de Bonecos/Ponto de Cultura Bonecos de Pernambuco, proponente do projeto selecionado pelo 16º Concurso Pernambuco de Todas as Paixões. As duas sessões serão oferecidas gratuitamente, mas o público deve se dirigir ao teatro com meia hora de antecedência para retirar o  ingresso.

O texto é uma adaptação livre do diretor, produtor,  ator e bonequeiro Jorge Costa para a peça teatral O Mistério da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, texto de autor desconhecido do século XIV, recolhido pelo belga Michel de Ghelderode (1898-1962), considerado por muitos o dramaturgo mais importante depois de William Shakespeare. A direção geral é da professora e bonequeira Izabel Concessa.

“Essa montagem não é simplesmente uma transposição para bonecos do que já é feito com atores. Encenações de títeres, sobretudo as populares ou inspiradas na arte popular, como é o nosso caso, carregam consigo o humor e a irreverência próprias desta expressão artística, mesmo quando se trata de um drama” afirma Izabel. “Neste texto não é diferente”, ressalta a diretora. Os bonecos utilizados neste espetáculo foram criados e confeccionados pelo Mão Molenga Teatro de Bonecos. Caracterização, figurinos e adereços ficaram por conta de Álcio Lins, Antero Assis, Fábio Caio e Maria Oliveira.

A peça narra os últimos passos de Jesus a partir da sua entrada triunfal em Jerusalém, no Domingo de Ramos, seis dias antes da sua crucificação. As cenas se sucedem seguindo a ordem cronológica dos acontecimentos, mais ou menos da mesma maneira que as paixões de Cristo encenadas por atores costumam apresentar.