Para a diretora Luciana Félix, a mostra reflete o presente

Após meses de reformas estruturais e conceituais, o Paço do Frevo apresenta, hoje, às 19h, sua nova exposição permanente, Frevo Vivo, em diálogo direto com a arquitetura revitalizada do casarão histórico. A noite de inauguração, com acesso gratuito, contará com várias performances. O Quinteto Pernambucano apresentará releituras eruditas, enquanto a Orquestra do Maestro Oséas manterá viva a tradição das ruas. O encerramento ficará por conta do Ilê Axé Ojuomi, reconectando o ritmo às suas raízes sagradas.

A nova configuração da principal exposição do Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo convida o público a conhecer os bastidores e os personagens que mantêm o frevo vivo, destacando os bairros do Recife, de Olinda, cidades do interior e as esquinas do Brasil e do mundo onde ele pulsa. “É uma mostra que reflete o presente, com um recorte voltado às pessoas que fazem o frevo hoje, que nasce nas comunidades e ecoa nos palcos e nas ruas”, destaca Luciana Félix, diretora do equipamento instalado no Bairro do Recife.

Duas salas imersivas ampliam a experiência sensorial da dança e da música. Em Nós no Frevo, projeções dirigidas por Rebeca Gondim e jogos de espelhos convidam o público a cair no passo, celebrando a diversidade de corpos e territórios. Em No Compasso do Frevo, o visitante assume o papel de maestro e controla os instrumentos de uma composição criada por Rafael Marques e Isadora Melo, escolhendo entre os compassos do frevo de rua, de bloco ou canção.

Eternos guardiões da folia, o Homem da Meia-Noite e a Mulher do Dia recebem os visitantes em um espaço cenográfico que recria o fervor do período momesco. Ali, passado e presente se cruzam, e o frevo se revela muito mais que um ritmo. É expressão, memória e identidade viva de um povo.