Na direção do improviso e das transformações Novo programa de Michel Melamed no Canal Brasil, "Polipolar Show" estreia hoje, às 21h, ainda mais irreverente que o seu antecessor, o "Bipolar Show"

Allan Lopes

Publicação: 29/05/2025 03:00

Entre os convidados, está o pernambucano Marco Nanini (Asafe Ghalib/Divulgação)
Entre os convidados, está o pernambucano Marco Nanini
Com mais convidados, mais cenários e mais polaridades, o Polipolar Show, novo programa do ator, escritor e apresentador Michel Melamed, promete elevar o padrão de talk-shows no país, a partir de hoje, às 21h, no Canal Brasil. A atração amplia e intensifica a fórmula que consagrou o Bipolar Show, que ficou no ar entre 2015 e 2017, com cerca de 80 episódios. Para esta temporada, já estão garantidas mais de 30 personalidades.

O cenário é um imponente estúdio de 1.000 m² onde Michel conduz as conversas em constante metamorfose, já que o apresentador e os três convidados de cada edição mudam completamente de cenário e figurino três vezes por programa. São nove transformações visuais no total, tudo diante de uma plateia que reage e interage.

É nessa criatividade orgânica que Polipolar se estrutura em uma linguagem fragmentada, não linear, baseada no humor e na poesia. “A gente está o tempo todo revelando os bastidores, escancarando o jogo, mostrando que tudo é vivo, que não há nada pré-combinado”, antecipa Melamed, em conversa exclusiva com o Viver. No fim das contas, entre discussões sobre política, racismo e gênero, o que emerge é um organismo vivo. “É um espaço onde cabe tudo, inclusive as interpretações que o espectador quiser criar”, diz.

Se o programa renasce transformado, seu criador também se refez. A mudança não está no nome ou no rosto, mas na postura. “Eu sinto que estou numa versão melhor de mim. Mais depurada, mais refinada”, reflete. E se Pernambuco estivesse de fora, o projeto não seria, de fato, Polipolar. O ator Marco Nanini representa a potência artística do estado. “Pernambuco precisa estar no programa”, crava Michel, como quem não apenas expressa um desejo, mas reconhece uma afinidade inevitável.