Na direção do improviso e das transformações
Novo programa de Michel Melamed no Canal Brasil, "Polipolar Show" estreia hoje, às 21h, ainda mais irreverente que o seu antecessor, o "Bipolar Show"
Allan Lopes
Publicação: 29/05/2025 03:00
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Entre os convidados, está o pernambucano Marco Nanini |
O cenário é um imponente estúdio de 1.000 m² onde Michel conduz as conversas em constante metamorfose, já que o apresentador e os três convidados de cada edição mudam completamente de cenário e figurino três vezes por programa. São nove transformações visuais no total, tudo diante de uma plateia que reage e interage.
É nessa criatividade orgânica que Polipolar se estrutura em uma linguagem fragmentada, não linear, baseada no humor e na poesia. “A gente está o tempo todo revelando os bastidores, escancarando o jogo, mostrando que tudo é vivo, que não há nada pré-combinado”, antecipa Melamed, em conversa exclusiva com o Viver. No fim das contas, entre discussões sobre política, racismo e gênero, o que emerge é um organismo vivo. “É um espaço onde cabe tudo, inclusive as interpretações que o espectador quiser criar”, diz.
Se o programa renasce transformado, seu criador também se refez. A mudança não está no nome ou no rosto, mas na postura. “Eu sinto que estou numa versão melhor de mim. Mais depurada, mais refinada”, reflete. E se Pernambuco estivesse de fora, o projeto não seria, de fato, Polipolar. O ator Marco Nanini representa a potência artística do estado. “Pernambuco precisa estar no programa”, crava Michel, como quem não apenas expressa um desejo, mas reconhece uma afinidade inevitável.