Entre monstros reais e pavores sobrenaturais O longa-metragem %u2018Prédio Vazio%u2019, dirigido pelo especialista em terror Rodrigo Aragão, explora ambientação sombria para criar tensão e sustos

ANDRÉ GUERRA

Publicação: 24/06/2025 03:00

Gilda Nomacce, que interpreta uma vizinha misteriosa, é considerada a musa do terror (RETRATO FILMES/DIVULGAÇÃO)
Gilda Nomacce, que interpreta uma vizinha misteriosa, é considerada a musa do terror


O pressentimento de que algo ruim vai acontecer com a mãe motiva Luna (Lorena Corrêa) a sair de sua cidade e viajar com o namorado (o pernambucano Caio Macedo) até Guarapari, no litoral do Espírito Santo, durante o último dia do carnaval. Chegando ao assustador prédio em que ela supostamente mora, o casal se aventura na empreitada de descobrir se algo realmente aconteceu – e todo o clima do ambiente indica que sim. A entrada em cena de uma moradora misteriosa (Gilda Nomacce) se transforma no centro do mistério.

Dirigido pelo capixaba Rodrigo Aragão, um dos maiores expoentes do cinema brasileiro de terror e responsável por alguns dos trabalhos mais emblemáticos do gênero no país (como Mangue Negro), Prédio Vazio, em cartaz no Cinema da Fundação (sala Museu), é a sua mais nova tentativa de se aproximar cada vez mais do público através de gritos, sustos e violência gráfica, adaptando-os para a realidade e o humor nacionais.

Muitas cenas que envolvem efeitos especiais são apropriadamente absurdas, abraçando um estilo de terror B. A obra é menos focada na reinvenção e mais voltada em fazer o básico com o máximo de convicção. Ao Viver, o cineasta fala sobre a importância de difundir a produção do gênero feita no Brasil. “O terror é nobre e desafiador. Força uma emoção intensa do público, e isso é muito estimulante artisticamente. Estamos em um ótimo momento, mas temos muito a melhorar, especialmente do ponto de vista de divulgação. É necessário fazer com que os jovens que gostam tanto de filmes estrangeiros do gênero saibam que existe aqui uma produção cada vez maior e mais diversa”, defende Rodrigo.