10 ANOS SEM EDUARDO »
Articulador atemporal na política de Pernambuco
Liderança carismática, Eduardo campos herdou e deu sequência a um legado que foi além do estado
Publicação: 13/08/2024 03:00
“Não vamos desistir do Brasil”. Há dez anos e um dia, o ex-governador Eduardo Campos encerrava, com esta frase, seu último pronunciamento à nação, apenas algumas horas antes do fatídico acidente de avião que tirou a sua vida. O discurso marcou o fim de sua entrevista no Jornal Nacional, da TV Globo, parte de sua campanha à Presidência da República.
Neto de um dos maiores líderes políticos de Pernambuco, o ex-governador Miguel Arraes, Eduardo conquistou seu primeiro mandato em 1991, como deputado estadual. Quatro anos depois, em 1995, trocou a Assembleia Legislativa de Pernambuco pela Câmara dos Deputados, onde também foi líder do PSB.
Em 2006, foi eleito governador de Pernambuco, onde liderou uma gestão que marcaria seu nome no rol de ícones da política estadual. “Sua gestão foi marcada por um forte investimento em infraestrutura, educação e saúde, que alavancou o estado em índices sociais e econômicos. Eduardo adotou políticas de incentivo à atração de investimentos privados, promovendo o crescimento industrial e a geração de empregos, o que lhe rendeu altos índices de aprovação”, explica o cientista político Sandro Prado.
Lembrado por aliados e adversários como um grande articulador, Eduardo também estendeu seu legado para além do seu trabalho em Pernambuco. Antes mesmo de assumir o executivo, foi ministro da Ciência e Tecnologia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E em Brasília, costurou importantes alianças que transformaram a hierarquia de poder entre os partidos.
“Eduardo foi uma figura chave na reconfiguração do PSB, transformando-o em uma força política relevante no Brasil. Sua capacidade de articulação e construção de alianças fez com que o partido ganhasse maior protagonismo nas disputas eleitorais, como uma alternativa ao domínio tradicional do PT e PSDB”, afirma Prado. Mas em meio às conquistas, a centralização do poderio do PSB na figura de Eduardo Campos proporcionou, como parte de seu legado, um vácuo de poder. E mesmo se mantendo à frente do estado por mais oito anos, com o ex-governador Paulo Câmara, os socialistas sentiram a perda do vigor trazido pelo finado líder, culminando na eventual derrota para Raquel Lyra (PSDB) nas eleições de 2022.
“A morte de Eduardo foi um golpe devastador para seu grupo político. Seus aliados no PSB tiveram que enfrentar a difícil tarefa de manter a coesão do partido e continuar as políticas iniciadas por Eduardo, sem o carisma e a habilidade política que ele possuía”, disse Prado.
Neto de um dos maiores líderes políticos de Pernambuco, o ex-governador Miguel Arraes, Eduardo conquistou seu primeiro mandato em 1991, como deputado estadual. Quatro anos depois, em 1995, trocou a Assembleia Legislativa de Pernambuco pela Câmara dos Deputados, onde também foi líder do PSB.
Em 2006, foi eleito governador de Pernambuco, onde liderou uma gestão que marcaria seu nome no rol de ícones da política estadual. “Sua gestão foi marcada por um forte investimento em infraestrutura, educação e saúde, que alavancou o estado em índices sociais e econômicos. Eduardo adotou políticas de incentivo à atração de investimentos privados, promovendo o crescimento industrial e a geração de empregos, o que lhe rendeu altos índices de aprovação”, explica o cientista político Sandro Prado.
Lembrado por aliados e adversários como um grande articulador, Eduardo também estendeu seu legado para além do seu trabalho em Pernambuco. Antes mesmo de assumir o executivo, foi ministro da Ciência e Tecnologia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E em Brasília, costurou importantes alianças que transformaram a hierarquia de poder entre os partidos.
“Eduardo foi uma figura chave na reconfiguração do PSB, transformando-o em uma força política relevante no Brasil. Sua capacidade de articulação e construção de alianças fez com que o partido ganhasse maior protagonismo nas disputas eleitorais, como uma alternativa ao domínio tradicional do PT e PSDB”, afirma Prado. Mas em meio às conquistas, a centralização do poderio do PSB na figura de Eduardo Campos proporcionou, como parte de seu legado, um vácuo de poder. E mesmo se mantendo à frente do estado por mais oito anos, com o ex-governador Paulo Câmara, os socialistas sentiram a perda do vigor trazido pelo finado líder, culminando na eventual derrota para Raquel Lyra (PSDB) nas eleições de 2022.
“A morte de Eduardo foi um golpe devastador para seu grupo político. Seus aliados no PSB tiveram que enfrentar a difícil tarefa de manter a coesão do partido e continuar as políticas iniciadas por Eduardo, sem o carisma e a habilidade política que ele possuía”, disse Prado.