Preconceito

Publicação: 11/03/2017 03:00

Fora das clínicas, os transexuais sofrem muita discriminação na Sérvia, um país conservador e patriarcal de sete milhões de habitantes. “Desde a infância, os transexuais sofrem uma violência enorme, assédio, rejeição, com consequências em termos de escolarização, educação e trabalho”, declara Milan Djuric, da associação Gayten-LGBT.

Em 2012, o governo passou a reembolsar dois terços da operação, mas isso “não resolve uma série de outros problemas preocupantes”, acrescenta. O país não contabiliza separadamente as agressões de carácter homofóbico nem as cometidas contra os transexuais e transgêneros. Tampouco dispõe de um procedimento legal de reconhecimento das pessoas que mudaram de sexo.

Segundo um estudo da ONU de 2013 sobre discriminação, 49% dos sérvios acreditam que a homossexualidade é uma doença e, segundo Milan Djuric, os transexuais são ainda mais rejeitados.

As associações LGBT pedem a adoção de uma lei que facilite a vida dos transexuais no país, principalmente para a mudança do documento de identidade e do estado civil.