Estimar possibilidades ficou mais acessível à população

Publicação: 20/01/2018 03:00

Há alguns anos, os testes genéticos para cálculo do risco de desenvolvimento de câncer eram praticamente inacessíveis, devido ao alto custo. Com valores que chegavam a R$ 20 mil, ficavam restritos a uma população abastada. Ainda hoje, não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, há resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que incluem o procedimento no rol de custeios dos planos de saúde, mediante alguns critérios.
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, que define as coberturas obrigatórias nos planos de saúde, inclui o procedimento de Análise Molecular de DNA. Ele prevê pesquisas de mutações ligadas a 47 condições genéticas específicas, muitas das quais relacionadas a doenças oncológicas, como a pesquisa de mutações relacionadas aos cânceres hereditários de mama e de ovário (genes BRCA1 e BRCA2), ao câncer colorretal hereditário (síndrome de Lynch), aos tumores de rim (síndrome de Von Hippel-Lindau) e à neoplasia endócrina múltipla, entre outras.
No início de janeiro, entrou em vigor a nova lista ampliada de procedimentos. Foram incluídas pesquisas de mutações relacionadas a tumores da retina (retinoblastoma) e a neoplasias cutâneas (síndrome de Gorlin). Para ter direito, o paciente precisa estar em conformidade com as diretrizes de utilização. “Agora também temos as terapias alvo, que é mais uma linha de frente da medicina especializada. São medicações para direcionar o tratamento de pacientes com câncer. Isso tem ajudado a expandir os testes genéticos”, afirmou Diogo Soares. Desde julho do ano passado, os teste têm sido oferecidos no Hospital Português.