Publicação: 08/02/2020 03:00
Elas e eles estão de volta ao carnaval de rua do Recife, com o feitiço que faz do Batutas de São José o bloco carnavalesco misto mais antigo em atividade na cidade. Sem se apresentar nos dois últimos anos por conta de dificuldades, o Batutas espanta a poeira e já prepara as fantasias para 2020.
“Antigos e eternos Carnavais” é o tema do desfile deste ano da agremiação. Na sede, no bairro de Afogados, Zona Oeste, as costureiras, também integrantes do bloco, regem agulhas e fazem os últimos ajustes. Em uma das salas do primeiro andar, adereços e fantasias dividem o mesmo espaço com os troféus que contam parte da história do Batutas.
“Para botar (o bloco) na rua deste ano, desde março de 2019 que a gente está aqui, trabalhando. O número mínimo de integrantes para um desfile é de 40 pessoas, que já está garantido, mas a gente quer chegar a 90 pessoas, o máximo”, conta Nilza Ângela, diretora e também cantora do Batutas.
Por conta dos dois anos sem se apresentar, esse ano o Batutas desfila entre os que disputam acesso ao primeiro grupo do Concurso de Agremiações, no domingo de carnaval, na Avenida do Forte, no período da tarde. “O Batutas está de volta”, comemora Nilza. O flabelo, abre-alas dos blocos de pau e corda, estreia este ano. Está novo e reluzente. Azul, branco e vermelho são as cores do Batutas.
É do compositor e instrumentista João Santiago dos Reis a música que veio a se tornar hino do bloco e um dos símbolos afetivos do carnaval de rua da capital pernambucana, Você sabe lá o que é isso, escrita para a folia de 1952, desfile de 20 anos dos Batutas de São José.
Outros compositores que fizeram história no frevo também tiveram passagem pelo Batutas, como Levino Ferreira e Nelson Ferreira. Apesar do sobrenome, eles não tinham parentesco.
HISTÓRIA
Fundado em 1932 como dissidência do Batutas da Boa Vista, o Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José surgiu numa tarde chuvosa de 5 de junho. “Eram cinco irmãos e houve uma arenga. Aí, Cícero Vidal foi quem fundou o Batutas lá no Pátio de São Pedro. Para a primeira reunião não tinha cadeira, num tinha nada. Aí o sacristão foi quem emprestou os bancos da igreja, sem o padre saber”, relembra, entre risadas, Nadira da Silva Almeida, ex-presidente do bloco, em um programa da TV PE em 2012. Expressão usada à época, “batuta” é a varinha com que maestros e maestrinas regem uma execução musical e também significa indivíduo com habilidade, perito.
“Antigos e eternos Carnavais” é o tema do desfile deste ano da agremiação. Na sede, no bairro de Afogados, Zona Oeste, as costureiras, também integrantes do bloco, regem agulhas e fazem os últimos ajustes. Em uma das salas do primeiro andar, adereços e fantasias dividem o mesmo espaço com os troféus que contam parte da história do Batutas.
“Para botar (o bloco) na rua deste ano, desde março de 2019 que a gente está aqui, trabalhando. O número mínimo de integrantes para um desfile é de 40 pessoas, que já está garantido, mas a gente quer chegar a 90 pessoas, o máximo”, conta Nilza Ângela, diretora e também cantora do Batutas.
Por conta dos dois anos sem se apresentar, esse ano o Batutas desfila entre os que disputam acesso ao primeiro grupo do Concurso de Agremiações, no domingo de carnaval, na Avenida do Forte, no período da tarde. “O Batutas está de volta”, comemora Nilza. O flabelo, abre-alas dos blocos de pau e corda, estreia este ano. Está novo e reluzente. Azul, branco e vermelho são as cores do Batutas.
É do compositor e instrumentista João Santiago dos Reis a música que veio a se tornar hino do bloco e um dos símbolos afetivos do carnaval de rua da capital pernambucana, Você sabe lá o que é isso, escrita para a folia de 1952, desfile de 20 anos dos Batutas de São José.
Outros compositores que fizeram história no frevo também tiveram passagem pelo Batutas, como Levino Ferreira e Nelson Ferreira. Apesar do sobrenome, eles não tinham parentesco.
HISTÓRIA
Fundado em 1932 como dissidência do Batutas da Boa Vista, o Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José surgiu numa tarde chuvosa de 5 de junho. “Eram cinco irmãos e houve uma arenga. Aí, Cícero Vidal foi quem fundou o Batutas lá no Pátio de São Pedro. Para a primeira reunião não tinha cadeira, num tinha nada. Aí o sacristão foi quem emprestou os bancos da igreja, sem o padre saber”, relembra, entre risadas, Nadira da Silva Almeida, ex-presidente do bloco, em um programa da TV PE em 2012. Expressão usada à época, “batuta” é a varinha com que maestros e maestrinas regem uma execução musical e também significa indivíduo com habilidade, perito.