Tolerância religiosa traduzida em atitudes

Publicação: 08/10/2016 03:00

Orson Lemos e os élderes Francisco e Cláudio atuam no estado
Orson Lemos e os élderes Francisco e Cláudio atuam no estado

Nos salões paroquiais de capelas católicas e no interior das igrejas evangélicas, adolescentes mórmons se juntam a garotos e garotas evangélicas e católicas numa verdadeira lição de tolerância religiosa. Por meio do projeto Mãos que Ajudam, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias leva fiéis até templos de outras religiões para realizar reformas, manutenções e trabalhos de jardinagem e limpeza. O objetivo é apoiar a liberdade religiosa e incentivar o respeito ao próximo.

“A intenção desse projeto é que cidadãos, independentemente de sua fé e prática religiosa, possam juntos fazer um mundo melhor”, ressalta o professor Cláudio Campos, élder mórmon. Um estudo do Instituto Pew Research Center, dos Estados Unidos, apontou o Brasil como o primeiro lugar entre os 25 países mais populosos do mundo quando o assunto é liberdade religiosa. O Censo 2010 do IBGE revelou que 64,6% da população brasileira é católica, 22,2% protestante, 8% não tem religião, 2% espírita e 3,2% segue outras religiões, como os mórmons.

Além do trabalho em igrejas, os mórmons participam de ações semelhantes em asilos, orfanatos e hospitais. Os mórmons atuam ainda em ajudas humanitárias durante tragédias. “Quando houve a enchente na Mata Sul do estado (em 2010), por exemplo, fomos uns dos primeiros a chegar ao local. Os jovens foram incansáveis ao tirar a lama das casas dos atingidos”, lembra Cláudio Campos.

No mesmo ano, a igreja enviou um avião carregado com tendas, lonas, fraldas e outros suprimentos para as áreas do Chile atingidas por um terremoto além de dois aviões com mais de 40 toneladas de alimento e recursos de emergências para o Haiti, também atingido por um sismo. “A organização local, nacional e internacional da igreja faz com que os esforços coordenados de assistência cheguem rapidamente, para que haja alimentos, suprimentos e voluntários para trabalhar quando são mais necessários”, destaca a igreja em seu site oficial.