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Há exatos 30 anos, o navegador brasileiro Amyr Klink, 58, concluía a primeira e única travessia a remo do Atlântico Sul. Sozinho, ele percorreu sete mil quilômetros entre a Namíbia, no continente africano, e Salvador, na Bahia. A bordo de um pequeno barco, passou mais de três meses remando até dez horas por dia. No estoque, carregava 275 litros de água potável, alimentos desidratados, poucos remédios e equipamentos. A experiência deu origem ao best-seller Cem dias entre céu e mar, que permaneceu 31 semanas na lista dos livros mais vendidos. Depois da viagem, Amyr passou a se dedicar a expedições marítimas e empreendimentos ligados à navegação. Passadas três décadas desde a travessia, ele relembra como foram os dois anos de preparativos e a experiência de encarar o oceano sem os aparatos tecnológicos hoje disponíveis. Uma das poucas inovações eram painéis solares instalados para geração de energia. Para o escritor natural de São Paulo, jovens dispostos a fazer viagens semelhantes estão mais preocupados com a autopromoção e menos com a dedicação técnica.
Saiba maisNatural de São Paulo, Amyr Klink é filho de pai libanês e mãe sueca Mora em Paraty, no Rio de Janeiro, onde mantém escola de navegação para jovens carentes
Sócio-fundador do Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul, Santa Catarina Autor de livros como Paratii entre dois polos, As janelas do Paratii, Os portos do mundo e o porto do Rio, Construindo o futuro, Mar sem fim e Linhad'Água: entre estaleiros e homens do mar.
Já proferiu mais de 2.500 palestras no Brasil e no exterior, sobre temas como Criatividade, empreendedorismo, estratégia e inovação.