Versão 4x4 com câmbio automático fez consumomédio de 7 km/l comgasolina

Um carro versátil. Assim podemos definir a Mitsubishi Pajero TR4. Misto de carro urbano e também aventureiro, o jipinho passou por um test drive pelo Vrum a fim de desvendar o que há de bom nele e até onde é uma boa compra para os consumidores. Testamos a versão 4x4 com câmbio automático, topo de linha. As impressões foram boas e a diversão é garantida a bordo.

Projetado para andar tanto no asfalto como em terrenos mais difíceis de dirigir, o TR4 tem no comprimento e altura do solo um diferencial. O SUV mede apenas 4.058 mm, facilitando em momentos de manobras na hora de estacionar. Já os 215 mm entre o solo e a carroceria deixam o carro mais alto, ajudando a superar obstáculos do dia a dia, como buracos. Além disso, o TR4 tem um ângulo de entrada de 35°, o que ajuda a subir rampas e, em casos de trilhas, barrancos com mais agressividade.

Mas se você pensa que essas características chamam a atenção apenas de homens, está enganado. Segundo os revendedores, cerca de 70% dos compradores do TR4 são mulheres. E de fato, após um olhar mais apurado no trânsito, a porcentagem de motoristas do sexo feminino dirigindo o SUV é maior. Talvez a vestatilidade citada no começo da matéria tenha sido o “x” da questão. O carro é visualmente bonito, tem força no motor (135 cv quando abastecido com gasolina e 140 cv com etanol) e é prático.

Acabamento é simples, sem comandos no volante, nem muita sofisticação, mas o espaço interno é bom

Conforto
O espaço interno é bom. Tanto motorista quanto os passageiros não têm do que reclamar de conforto. Um porém tem que ser feito quanto ao acabamento. Esperava um toque a mais de sofisticação para um carro de quase R$ 80 mil. Entretanto, direção hidráulica, ar-condicionado, travas e vidros com acionamento elétrico, sistema multimídia com DVD player e entrada auxiliar, conexão Bluetooth são de série. Senti falta de um navegador e comandos no volante.

Perfomance
O motor 2.0 flex com 140 cv e 22 kgfm se saiu bem na cidade e no asfalto (infelizmente não conseguimos colocar o carro na lama). O câmbio automático de quatro marchas tem trocas suaves. O que assustou um pouco foi o consumo, principalmente com etanol. A média ficou um pouco acima de 5 km/l. Já com gasolina a média chegou perto dos 7 km/l.

Bolso
Como disse acima, esperava um pouco mais de um carro de quase R$ 80 mil. Mas minha ressalva é apenas para o interior. Fora isso, o TR4 me agradou. É prático. E isso já é, pelo menos para mim, meio caminho andado na hora de uma compra.