Corrente lubrificada
Deixar o item da moto ressecado pode resultar na quebra das peças de transmissão.
Saiba qual material correto usar
Marília Parente
Especial para o Diario
mariliaparente.pe@dabr.com.br
Publicação: 25/01/2015 03:00
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Caacio compra o óleo por R$ 12 e aplica na corrente toda semana |
Produtor cultural e motociclista nas horas vagas, Caacio Fernando aplica óleo na corrente da motoca toda semana. “Eu indico o óleo de fluido de freio, que é bem fininho. Lavo a moto duas vezes por semana e compro o recipiente de 470 ml por cerca de R$ 12, dá para 10 aplicações. Fica show”, comenta. No entanto, ao fazer o serviço por conta própria, todo cuidado é pouco. O chefe da oficina da Pernambuco Motos, Ednaldo Soares, coloca que muita gente pisa na bola ao tentar aplicar óleo na corrente por conta própria. “Alguns motociclistas evitam a substância achando que ela suja muito o veículo. Na verdade, o erro que alguns cometem é banhar a corrente e não tirar o excesso, quando o correto seria usar uma escova com sabão neutro e água. Assim, a roda traseira acaba repleta de pingos e manchas”, explica.
E, por falar em sujeira, nada de esquecer de limpar a corrente. Ednaldo Soares recomenda que ela seja lavada pelo menos uma vez por mês, o que aumenta sua vida útil. “Os excessos de sujeira vão desgastando a corrente à medida que ela gira, fazendo cada vez mais esforço. O componente perde tração e estabilidade e pode durar até 3.000 km a menos”. Ednaldo alerta ainda que a retirada dos excessos precisa ser acompanhada de uma nova lubrificação. “Períodos chuvosos exigem atenção, pois a água lava parte do lubrificante”.
Graxa
Como costuma pegar a estrada com a moto, Caacio evita usar graxa na corrente. “No caminho, ela acumula poeira e areia na corrente, além do inconveniente de melar a roupa”, comenta. O material pode até aparentar durar mais do que o óleo devido ao tempo prolongado de permanência na corrente, mas ao contrário do que muito pechincheiro pensa, sua ação é bem menos eficaz. “Isso é mito. A textura da graxa é muito grossa e seu uso só é recomendado em questões emergenciais, caso a corrente esteja muito seca”, explica Ednaldo.