Tubarão do asfalto
Nova geração da BMW S 1000 RR ganhou potência e teve o torque redistribuído, além de ter perdido peso
Téo Mascarenhas
veiculos.pe@dabr.com.br
Publicação: 31/12/2015 03:00
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Suspensões são ajustadas em menos de um piscar de olhos |
A nova S 1000 RR suavizou o radicalismo, com desenho dos faróis menos caolhos, novo para-brisa, novas carenagens e nova traseira, mantendo a essência do formato original. Outra mudança invisível aos olhos foi no motor de quatro cilindros em linha, que ganhou seis cavalos, além de contar com uma entrega de potência mais homogênea e torque melhor distribuído. O resultado são 199 cv a 13.500rpm e torque de 11,5kgfm a 10.500rpm. Tudo com uma lipoaspiração de quatro quilos (três só no escape), passando para 204kg (abastecida).
A furiosa cavalaria e o torque melhor redimensionado permitem que a nova S 1000 RR vá de míseros 50km/h para 180km/h em apenas 10,5 segundos, com a sexta engatada, sem reduzir marchas. Aliás, o maciço emprego da eletrônica permite que as marchas sejam trocadas sem a necessidade de usar a embreagem, com direito a luzinha no painel informando o melhor momento para cambiar.
A eletrônica também está presente em um pacote que integra controle de tração, modos de mapeamento de motor, acelerador, freios ABS e suspensões. São dezenas de sensores que percebem a velocidade, rotação, abertura do acelerador, marcha engatada, temperatura, torque e até a inclinação da moto, para instantaneamente ajustar de maneira ideal os vários sistemas, incluindo controle de empinadas, que limita o descolamento da roda dianteira e de largadas. São três mapas de motor: rain (chuva), sport e race (competição). E três modos de condução: pro, slick e usuário.
Dúvida
Mesmo assim, se o piloto ficar em dúvida, pode desligar a parafernália e lembrar de rezar, assumindo o risco. A sofisticação eletrônica também está presente nas suspensões, que detectam o tipo de piso, a velocidade e a aceleração, deduzindo a intenção do piloto, ajustando sua “dureza” em um nível de precisão que só precisa de cinco centímetros percorridos a uma velocidade de 100km/h para se ajustar. Outra novidade está no painel, que além de todas as informações de praxe, mostra o ângulo de inclinação da moto nas curvas. Isso, se o piloto tiver sangue frio e tempo de enxergar.
A pilotagem, como nas superesportivas, exige malabarismo e uma coluna em perfeito estado. É o preço para quem é dependente de adrenalina. Porém, a eletrônica funciona como uma espécie de anjo da guarda. O quadro foi redesenhado, proporcionando maior rigidez, para melhorar a performance. Os freios acompanham o desempenho, com sistema ABS. São dois discos na dianteira (320mm de diâmetro) e um na traseira (220mm). O preço é de R$ 76.900, com pintura de uma cor, e R$ 78.400 na versão tricolor.