De olho na fogueira Evite prejuízos. Fogo não combina com carro. Acender as chamas no período junino é comum, mas tem que ter bastante cuidado

Débora Eloy
debora.eloy@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 23/06/2018 09:00

O mês de junho agrada aos mais diversos públicos aqui no Brasil, e o motivo é bem simples. Para aqueles que gostam do agito, as festas juninas que acontecem no meio do ano, especialmente no Nordeste, oferecem diversas opções para forrozar e curtir, com diversos polos espalhados pela capital e interior. Já aqueles que preferem ficar em casa descansando, o frio do inverno já está na porta para deixar o Recife e Região Metropolitana mais aconchegantes, pedindo uma bebida quente como o famoso quentão, também comum nesta época do ano por aqui. Sem falar nas comidas típicas de milho que agradam gregos e troianos. Mas, nem só de festejos vive o mês de junho.

É nesta época, também, quando são acesas as emblemáticas fogueiras em homenagem a São João, além dos tradicionais fogos utilizados para as comemorações. Sem falar no óbvio que essas práticas podem acarretar, como queimaduras e acidentes físicos, os veículos também podem sofrer com fogos e folguedos.

Em comemoração aos três santos do mês de junho, Santo Antônio, São João e São Pedro, é comum, para o nordestino, acender fogueiras. Mas, antes de se aventurar com fogo e querosene, é preciso tomar cuidados e, acredite se quiser, alguns deles estão ligados diretamente ao universo automotivo.

Isso porque as fogueiras podem causar buracos nos asfaltos, principalmente naqueles que foram recém-reformados e ainda estão mais frágeis. E, como já é praticamente senso comum, estradas mal cuidadas refletem diretamente no mau funcionamento do veículo. Uma vez que vias esburacadas colocam à prova, principalmente, a suspensão dos carros e, dependendo da profundidade do buraco e da velocidade de automóvel, não há suspensão que aguente. Sem falar nas rodas que também podem sair prejudicadas nessas situações. Em alguns casos pode até acontecer a perda total de um ou mais pneus.

Além disso, estacionar o automóvel próximo a uma fogueira, mesmo que esta já esteja aparentemente apagada, pode ser um sério risco. É que o calor da brasa é capaz de esquentar o veículo e gerar um prejuízo material razoável, além do risco físico. O carro pode explodir com o calor constante. “Caso o veículo tenha algum vazamento de combustível, ou algum problema de vedação, pode até causar um incêndio”, relata o chefe de oficina da Disnove, Genildo Justino. Claro que esses casos são raros de acontecer, mas melhor prevenir do que remediar.

No caso das bombinhas, uma explosão próxima a um veículo é capaz de causar também problemas na carroceria. “Mas, nesse caso, não é nada muito grave. Com um polimento, geralmente, dá pra resolver”, finaliza Genildo. Aqui, o mesmo vale para as fogueiras. Quanto mais próximo do fogo, mais corre o risco de alguma faísca bater no carro e danificar a pintura. Por outro lado, para quem está nos festejos e não quer causar dano aos automóveis dos outros, o melhor mesmo é ter cuidado redobrado e observar o local em que irá soltar a bombinha e acender a fogueira para evitar lugares próximos aos carros.

O mesmo vale para o motorista na hora de escolher um local ideal para estacionar. Festas de ruas, que são um dos atrativos do São João do Nordeste, atraem fogueiras. Por isso, se for de carro para o arrasta pé, certifique-se de que haverá lugar seguro e longe de fogos e fogueiras para poder estacionar.

Se a sua pedida for festas com muitas crianças, é provável que a prática de soltar fogos seja certeira. Por isso, cuidado com o ambiente onde os artefatos irão explodir. Mais do que um veículo próximo é preciso observar se não existem pessoas ao redor, para evitar o máximo da possibilidade de acontecer um acidente.