A Citroën acertou no alvo ao posicionar o SUV cupê Basalt como o modelo com melhor relação entre custo e benefício da categoria. O acabamento é mais simples que Fiat Fastback e Volkswagen Nivus, é verdade, mas para que quer subir de patamar saindo dos modelos subcompactos, como Hyundai HB20, Fiat Mobi e Renault Kwid, o terceiro integrante da família C-cubed é uma boa porta de entrada.

Ao entrar no veículo, a quantidade de plástico e o acabamento espartano chamam a atenção, mas o câmbio automático (a partir da versão Feel Turbo), painel de instrumentos digital  customizável de sete polegadas e central de infoentretenimento, de dez polegadas, com conectividade sem fio aos sistemas Android Auto e Apple Carplay são alguns itens que o afastam do chamado “carro pelado”.

Durante o test drive realizado pelo Diario de Pernambuco com o Basalt Shine Turbo 200, o modelo confirmou o que se esperava: conforto, boa dirigibilidade na cidade e na estrada e um espaço interno suficiente para acomodar o motorista e mais quatro passageiros sem aperto.

PEGANDO A ESTRADA
Na estrada, o Basalt se mostrou bem equilibrado, estável e disposto nas saídas e nas retomadas. E se tiver no modo Sport, a disposição é ainda maior. O modelo conta com freios com sistema antitravamento (ABS), distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD), controle eletrônico de estabilidade (ESP) e controle de tração (TC).

Em relação à concorrência, faltam itens como alerta e assistente de manutenção de faixa, alerta de colisão e alerta de ponto cego. Este último, com certeza, é o item que faz mais falta. O alerta de colisão também cairia bem, mas, sinceramente e não desmerecendo, o alerta de manutenção de faixa precisaria que nossas estradas tivessem uma boa sinalização horizontal, o que não é a realidade da maioria das rodovias brasileiras.

A comparação com os modelos com quem disputa o segmento não é a mais adequada, até porque estamos falando de uma faixa de preços entre R$ 99.490 a R$ 117.990, enquanto seus correntes tem preços a partir de R$ 119.990 (Fastback) e R$ 143.490 (Nivus).

Em relação ao consumo, a Citroën divulga as marcas de 13,7 km/l na estrada e 11,9 km/l no ciclo urbano quando abastecido com gasolina, segundo os padrões PBEV do Inmetro. Na avaliação, conseguimos uma marca até melhor na estrada, de 14,3 km/h, mantendo uma velocidade de, no máximo, 120 km no velocímetro. No trânsito urbano, no entanto, a marca ficou abaixo da indicada, marcando 9,1 km/l - resultado que pode, em parte, ser atribuído a um dos piores tráfegos do país.

A atratividade do Basalt, que chega para substituir o C4 Cactus, não fica apenas no preço. Suas linhas e seu design são bem melhor resolvidos.