José Waldo Saraiva Câmara Filho
Doutor em Ciências do Comportamento %u2013 UFPE.
jwcamara@uol.com.br
Publicação: 02/10/2014 03:00
Muito se fala hoje que o Brasil carece de verdadeiros líderes. Na turbulência do atual período eleitoral este tema emerge nos embates políticos. Candidatos arvoram-se como detentores de suposta liderança ao mesmo tempo que acusam os adversários de não possuírem esta qualidade. Mas o que constitui o verdadeiro líder?
A imagem automática seria da pessoa carismática, extrovertida, que passa a impressão de possuir todas as respostas, transmitindo a confiança da certeza do caminho correto. Reside aí porém o engano - tal imagem também se aplica aos maus líderes. Exemplos não faltam: de Gaddafi, Chaves e Mussolini a Hitler. Na sociedade midiática de hoje, os chamados líderes carismáticos transmitem mais encenação que verdade. Uma das maiores figuras da Bíblia, Moisés, além de gago, era terrivelmente tímido. Houve maior líder que o manso Mahatma Gandhi? O que dizer de Nelson Mandela? Em Pernambuco, o introspectivo Miguel Arraes. A lista se estende aos mais bem sucedidos (e retraídos) gestores da iniciativa privada como Bill Gates e Mark Zuckerberg. A diferença está no conteúdo.
No debate atual, candidatos gabam-se de possuir vasta experiência política e traduzem-na pelo número de mandatos legislativos e processos eleitorais. Como se o disputar fosse mais relevante do que o fazer. Ora, o verdadeiro significado da (boa) política envolve tanto prática de gestão como sabedoria de ouvir e negociar para que se cumpra bem a tarefa que lhe foi destinada. Esta é a experiência que conta. Ao bom líder é exigido portanto, suas credenciais como gestor ao lado de sua carta de intenções. E no rol de suas intenções embute-se a mais importante das qualidades – seu caráter.
O que não é fácil de analisar para quem está de fora. O segredo é olhar a trajetória de cada candidato, sua biografia. Seus desafios e resultados. Foi bem sucedido nos diferentes cargos que exerceu? Qual a opinião daqueles que o acompanharam neste percurso? Qual o saldo de suas ações e feitos na vida pública? “Quem nunca aprendeu a servir não está preparado para comandar” alerta Aristóteles. Ainda: O que dizem as pessoas próximas? Como é sua família? Qual sua relação com os pais, irmãos, esposa e filhos?
Ao cidadão cabe analisar com cuidado, para escolher certo. E colocando tudo isto sobre a mesa para que não reste dúvidas sobre a escolha correta.
A imagem automática seria da pessoa carismática, extrovertida, que passa a impressão de possuir todas as respostas, transmitindo a confiança da certeza do caminho correto. Reside aí porém o engano - tal imagem também se aplica aos maus líderes. Exemplos não faltam: de Gaddafi, Chaves e Mussolini a Hitler. Na sociedade midiática de hoje, os chamados líderes carismáticos transmitem mais encenação que verdade. Uma das maiores figuras da Bíblia, Moisés, além de gago, era terrivelmente tímido. Houve maior líder que o manso Mahatma Gandhi? O que dizer de Nelson Mandela? Em Pernambuco, o introspectivo Miguel Arraes. A lista se estende aos mais bem sucedidos (e retraídos) gestores da iniciativa privada como Bill Gates e Mark Zuckerberg. A diferença está no conteúdo.
No debate atual, candidatos gabam-se de possuir vasta experiência política e traduzem-na pelo número de mandatos legislativos e processos eleitorais. Como se o disputar fosse mais relevante do que o fazer. Ora, o verdadeiro significado da (boa) política envolve tanto prática de gestão como sabedoria de ouvir e negociar para que se cumpra bem a tarefa que lhe foi destinada. Esta é a experiência que conta. Ao bom líder é exigido portanto, suas credenciais como gestor ao lado de sua carta de intenções. E no rol de suas intenções embute-se a mais importante das qualidades – seu caráter.
O que não é fácil de analisar para quem está de fora. O segredo é olhar a trajetória de cada candidato, sua biografia. Seus desafios e resultados. Foi bem sucedido nos diferentes cargos que exerceu? Qual a opinião daqueles que o acompanharam neste percurso? Qual o saldo de suas ações e feitos na vida pública? “Quem nunca aprendeu a servir não está preparado para comandar” alerta Aristóteles. Ainda: O que dizem as pessoas próximas? Como é sua família? Qual sua relação com os pais, irmãos, esposa e filhos?
Ao cidadão cabe analisar com cuidado, para escolher certo. E colocando tudo isto sobre a mesa para que não reste dúvidas sobre a escolha correta.