Ricardo Japiassu
Jornalista
japiassu.ricardo@gmail.com
Publicação: 25/03/2015 03:00
A cidade da Pedra, no agreste pernambucano – um semi sertão – é encantadora tanto pela poética natural de sua paisagem, quanto pela inteligência dos seus literatos. Assim o foi com o ex-prefeito José Firmo Cavalcanti e com os versos de Ulisses Diniz. Agora, quem nos brinda é o professor de língua e literatura da Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde – Centro de Educação Superior de Arcoverde, Carlos Alberto de Assis Cavalcanti, com o Três Sonetos. Está tão bom que logrou o prêmio Poeta Waldemar Lopes, categoria Menção Honrosa, versão 2014 do concurso literário promovido pela Academia Pernambucana de Letras. Aliás, que o seja melhor dito: premiação é o que não falta ao autor. Em 2001, galgou o prêmio Edmir Domingues, proporcionado pela mesma Academia, também na modalidade Menção Honrosa, com o Itinerário Poético.
Por não ser todo dia que um pedrense acumula prêmios da Academia Pernambucana de Letras, compreendo honrosa a iniciativa de breve reflexão. Por exemplo: no Itinerário Poético, obra que contém 124 poemas, Carlos Alberto visita seu José Firmo Cavalcanti por entre as linhas dos versos de O Mestre e o Pupilo. “José Firmo, teu verso tem firmeza,/tem cadência de som que agrada ao ouvido,/no conjunto das rimas há beleza,/na beleza dos versos és querido”. E continua. Calvinista por convicção, o escritor remonta à infância para ilustrar o seu pendor literário: “Comecei lendo a Bíblia”. Daí em diante, foi um debruçar-se sobre párias brasileiros: o pernambucano Mauro Mota, o mineiro Carlos Drummond de Andrade, ente outros Mário Quintana. Em tudo que escreve, uma preocupação irrequieta com a sociedade.
Mas não só de prêmios se deleita, mas sobre a Teoria da Recepção. Carlos Alberto já teve a sua obra estudada em duas monografias do curso de Letras da AESA-CESA, desenvolvidas pelas alunas Cínthia Henrique Galindo e Miryan Leite Lopes. Também venceu o 19 Concurso de Trovas da Academia de Letras e Artes de Paranapuã, categoria Prata; conquistando ainda, no estado do Espírito Santo, em concurso nacional, o primeiro lugar na categoria Sonetos Benjamim Silva. Por fim, culto, nos brinda em visita ao poeta pernambucano Joaquim Cardoso, em poema delineado geométrico:
“(homo)gênio/(poli)sapiens/(geo)métrico/arquiteto/das palavras,/absorto em (di)versos/cálculos/e cálculos/de versos”. Vale salientar que, como pedrense e consciente do papel na cidade na colonização da região, estou cheio de orgulho.
Por não ser todo dia que um pedrense acumula prêmios da Academia Pernambucana de Letras, compreendo honrosa a iniciativa de breve reflexão. Por exemplo: no Itinerário Poético, obra que contém 124 poemas, Carlos Alberto visita seu José Firmo Cavalcanti por entre as linhas dos versos de O Mestre e o Pupilo. “José Firmo, teu verso tem firmeza,/tem cadência de som que agrada ao ouvido,/no conjunto das rimas há beleza,/na beleza dos versos és querido”. E continua. Calvinista por convicção, o escritor remonta à infância para ilustrar o seu pendor literário: “Comecei lendo a Bíblia”. Daí em diante, foi um debruçar-se sobre párias brasileiros: o pernambucano Mauro Mota, o mineiro Carlos Drummond de Andrade, ente outros Mário Quintana. Em tudo que escreve, uma preocupação irrequieta com a sociedade.
Mas não só de prêmios se deleita, mas sobre a Teoria da Recepção. Carlos Alberto já teve a sua obra estudada em duas monografias do curso de Letras da AESA-CESA, desenvolvidas pelas alunas Cínthia Henrique Galindo e Miryan Leite Lopes. Também venceu o 19 Concurso de Trovas da Academia de Letras e Artes de Paranapuã, categoria Prata; conquistando ainda, no estado do Espírito Santo, em concurso nacional, o primeiro lugar na categoria Sonetos Benjamim Silva. Por fim, culto, nos brinda em visita ao poeta pernambucano Joaquim Cardoso, em poema delineado geométrico:
“(homo)gênio/(poli)sapiens/(geo)métrico/arquiteto/das palavras,/absorto em (di)versos/cálculos/e cálculos/de versos”. Vale salientar que, como pedrense e consciente do papel na cidade na colonização da região, estou cheio de orgulho.