Lojas que dominaram o comércio do Recife e já fecharam (2)

João Alberto Martins Sobral
Jornalista

Publicação: 09/10/2020 03:00

Ele-Ela: Tinha duas lojas, na Rua Nova e Rua Imperatriz e durante muitos anos dominou a moda da cidade, especialmente a masculina. Era de Assis Farinha e foi famosa também pelos desfiles que promovia, sempre trazendo grandes atrações nacionais e pelo concurso Rainha do Baile Municipal, que coordenava. Ainda foi para o Shopping Recife, quando mudou o nome para Monserraz.

Vellozo: Ficava na esquina da Avenida Conde da Boa Vista e Rua do Hospício era famosa pelas grifes famosas que vendia. Não era barata e atraia preferencialmente os mais ricos da cidade.

Hombre: Ficava numa galeria na Rua Sete de Setembro, comandada por um casal de espanhóis. Era conhecido pelo bom gosto dos produtos que vendia.

Sapataria Clark: Era na Rua Nova e vendia sapatos finos, especialmente de cromo alemão. Funcionou por muitos anos.

Dias Júnior: uma loja de tecidos finos, na Praça da Independência, na esquina com a Duque de Caxias. Marcou época, especialmente pela participação nos concursos de Miss Pernambuco. Duas figuras marcaram época nela, Alceu Leal e Nelson Dias, este diretor social do Sport por muitos anos.

Casa Matos: Foi durante muitos anos, o grande ponto da moda. Pertencia a Wilson Campos e tinha além dos tecidos, uma lanchonete frequentadíssima.

Don Juan: Era uma loja na Rua Nova, pertinho da Ponte da Boa Vista. Era de Alberto Porpino, com três andares, especializada na moda masculina.

Mônaco: Misto de loja e alfaiataria, comandada pelos irmãos Dias, brilhou por muitos anos, sendo a preferida de muitos famosos da cidade. Ficava na Praça Joaquim Nabuco, vizinha ao restaurante Leite.

Motinha: Inicialmente seus sapatos, eram encontrados na Vellozo. Depois, abriu uma loja própria, juntinho do São Luiz, com seus sapatos que eram o máximo na época. Inclusive os modelos Cavalo de Aço, que foram sucesso por muitos anos.

Flag: Ficava na Avenida Conde da Boa Vista e tinha como principal atrativo as calças Lee, importadas dos Estados Unidos e peça obrigatória de todos os jovens da época,

Novo Continente: Uma loja de tecidos, onde Marcílio Campos, o mais famoso estilista do estado em todos os tempos, começou a carreira, desenhando modelos para as clientes. Depois, ele partiu para seu atelier próprio, onde recebia os nomes mais famosos do nosso mundo feminino.

Cláudia: Era uma sofisticada loja feminina, de um grupo alagoano, que ficava na esquina da Avenida Guararapes com a Praça da Independência, local onde depois funcionou a loja da TAP.

Huddersfield: Ficava na Rua Nova e tinha como destaque tecidos importados para ternos. Sua propaganda era conhecida: “Loja Huddersfiled: Dificil de pronunciar, fácil de comprar”.

Casas Pernambucanas: Foi fundada em 1908 pelo sueco Theortod Lundgren. Teve várias lojas no Recife, que depois passaram a se chamar Lojas Paulista, que fecharam em 1980. A rede ainda existe no Sul e Sudeste.

Singer: A famosa marca de máquinas de costura tinha loja na Rua da Imperatriz. Era conhecida inclusive pelos concursos de bordados que promovia, sempre com muitas concorrentes.

Renda Priori & Irmão: Uma loja na Rua Padre Muniz era especialista em caramelos suíços, balas de frutas e balas recheadas”, além de “especial café moído em latas. Depois, virou uma indústria na Rua da Aurora, que tinha entre os destaques os chocolates em forma de peixinhos e os bombons gasosa.

Casa Inglêsa: Aberta em 1912, pertencia a Emília Brack, comercializava bijuterias e artigos femininos, inovava o sistema de vendas, utilizando moças atraentes e elegantes, trajando vistosos uniformes.