Francisco Carlos Machado Silva
General de Divisão. Comandante da 7ª Região Militar
Publicação: 23/05/2022 03:00
Pernambuco vê materializadas, em seus sítios históricos ricos e preservados, passagens que delineiam e enobrecem o processo de nascimento da Pátria brasileira e do seu Exército. Quando a isso se soma o apego a esta terra de um povo que tanto se orgulha do seu ethos, tem-se o ambiente ideal para destacar os feitos dos personagens e os fatos que precisam ser conhecidos e, assim, lembrados e respeitados. É nesse contexto que o Comando Militar do Nordeste desenvolve o Projeto Memória Militar – Origens do Exército, que propõe a integração da gestão daqueles espaços, de forma a permitir a criação de um Circuito Cultural Militar, ou seja, um conjunto de bens que se articulam, narrando a história militar dessa tão importante região. Efemérides que têm na melodia e na letra do Hino de Pernambuco a sua mais bela e altiva representação.
”Coração do Brasil! Em teu seio, corre sangue de heróis rubro veio, que há de sempre o valor traduzir.”
Buscando referência em um desses acontecimentos e viajando no tempo, vamos lá para a primeira metade do século XVII, quando a presença do invasor holandês já apresentava sinais de desgastes, mais precisamente depois da partida de Maurício de Nassau, em julho de 1644. O ótimo aproveitamento do terreno e o uso de processos de combate inusitados e genuinamente brasileiros proporcionariam a um improvisado e eficiente exército, vitórias militares sobre um inimigo experimentado e mais bem equipado.
“Esses montes e vales e rios, proclamando o valor de teus brios, reproduzem batalhas cruéis.”
A população local, que estava desamparada de um apoio mais efetivo da Metrópole, prosseguiu na luta, tomando iniciativas próprias e criando condições para a recuperação de Pernambuco para Portugal, preservando, assim, a unidade física e cultural do Brasil. Um povo que se uniu em armas, atento às suas necessidades e em busca da liberdade, mesmo que ainda não consciente da sua fortaleza para dar passos mais ambiciosos.
”És a fonte da vida e da história, desse povo coberto de glória, o primeiro, talvez, no porvir.”
O que se convencionou chamar de Insurreição Pernambucana está entre os episódios mais relevantes para a formação da nacionalidade brasileira. A preparação da revolta deu-se, principalmente, com a reunião de homens do povo para a constituição de um exército de libertação a ser treinado por Antônio Dias Cardoso, e na organização de depósitos secretos de armas, munições e alimentos destinados ao apoio logístico. Mas foi em um compromisso firmado entre os moradores mais influentes, entre eles João Fernandes Vieira, que foi criada a essencial e necessária base nos campos político e econômico para o desenrolar do processo: “Nós, abaixo assinados, nos conjuramos e prometemos, em serviço da liberdade, não faltar a todo o tempo que for necessário, com toda ajuda de fazendas e de pessoas, contra qualquer inimigo, em restauração de nossa PÁTRIA; para o que nos obrigamos a manter todo o segredo que nisto convém; sob pena de quem o contrário fizer será tido como rebelde e traidor e ficará sujeito ao que as leis em tal caso permitam”.
“No passado o teu nome era um mito, era o sol a brilhar no infinito, era a glória na terra a brilhar.”
Passados quase 380 anos desde aquele 23 de maio de 1645, quando se assinou o que poderia ser considerada a certidão de nascimento da nossa Pátria, o Comandante do Exército decidiu pela construção, neste histórico lugar, de uma nova Escola de Formação de Sargentos. A convivência mais próxima com os êxitos militares empreendidos nas batalhas de Tabocas, Casa Forte e Guararapes, entre outras, ungirão as novas lideranças das pequenas frações da Força Terrestre. Após o seu período de formação em Pernambuco, eles espraiarão pelo Brasil o orgulho de aqui ter vivido e os ideais sintetizados naquele Compromisso Imortal.
“Salve, ó terra dos altos coqueiros! De belezas, soberbo estendal. Nova Roma de bravos guerreiros Pernambuco imortal, imortal!”
”Coração do Brasil! Em teu seio, corre sangue de heróis rubro veio, que há de sempre o valor traduzir.”
Buscando referência em um desses acontecimentos e viajando no tempo, vamos lá para a primeira metade do século XVII, quando a presença do invasor holandês já apresentava sinais de desgastes, mais precisamente depois da partida de Maurício de Nassau, em julho de 1644. O ótimo aproveitamento do terreno e o uso de processos de combate inusitados e genuinamente brasileiros proporcionariam a um improvisado e eficiente exército, vitórias militares sobre um inimigo experimentado e mais bem equipado.
“Esses montes e vales e rios, proclamando o valor de teus brios, reproduzem batalhas cruéis.”
A população local, que estava desamparada de um apoio mais efetivo da Metrópole, prosseguiu na luta, tomando iniciativas próprias e criando condições para a recuperação de Pernambuco para Portugal, preservando, assim, a unidade física e cultural do Brasil. Um povo que se uniu em armas, atento às suas necessidades e em busca da liberdade, mesmo que ainda não consciente da sua fortaleza para dar passos mais ambiciosos.
”És a fonte da vida e da história, desse povo coberto de glória, o primeiro, talvez, no porvir.”
O que se convencionou chamar de Insurreição Pernambucana está entre os episódios mais relevantes para a formação da nacionalidade brasileira. A preparação da revolta deu-se, principalmente, com a reunião de homens do povo para a constituição de um exército de libertação a ser treinado por Antônio Dias Cardoso, e na organização de depósitos secretos de armas, munições e alimentos destinados ao apoio logístico. Mas foi em um compromisso firmado entre os moradores mais influentes, entre eles João Fernandes Vieira, que foi criada a essencial e necessária base nos campos político e econômico para o desenrolar do processo: “Nós, abaixo assinados, nos conjuramos e prometemos, em serviço da liberdade, não faltar a todo o tempo que for necessário, com toda ajuda de fazendas e de pessoas, contra qualquer inimigo, em restauração de nossa PÁTRIA; para o que nos obrigamos a manter todo o segredo que nisto convém; sob pena de quem o contrário fizer será tido como rebelde e traidor e ficará sujeito ao que as leis em tal caso permitam”.
“No passado o teu nome era um mito, era o sol a brilhar no infinito, era a glória na terra a brilhar.”
Passados quase 380 anos desde aquele 23 de maio de 1645, quando se assinou o que poderia ser considerada a certidão de nascimento da nossa Pátria, o Comandante do Exército decidiu pela construção, neste histórico lugar, de uma nova Escola de Formação de Sargentos. A convivência mais próxima com os êxitos militares empreendidos nas batalhas de Tabocas, Casa Forte e Guararapes, entre outras, ungirão as novas lideranças das pequenas frações da Força Terrestre. Após o seu período de formação em Pernambuco, eles espraiarão pelo Brasil o orgulho de aqui ter vivido e os ideais sintetizados naquele Compromisso Imortal.
“Salve, ó terra dos altos coqueiros! De belezas, soberbo estendal. Nova Roma de bravos guerreiros Pernambuco imortal, imortal!”