PPP para tratar do lixão de Paulista Investimento total será da empresa Locar Saneamento Ambiental, que terá 25 anos da concessão do projeto

ANDRÉ CLEMENTE
andreclemente.pe@dabr.com.br

Publicação: 13/03/2014 03:00

Unidade de tratamento de resíduos de Paulista será no local onde era lixão da Mirueira (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS - 27/8/13)
Unidade de tratamento de resíduos de Paulista será no local onde era lixão da Mirueira
APrefeitura de Paulista fechou contrato milionário para tratar o lixo da cidade. Será por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre município e a empresa Locar Saneamento Ambiental. O investimento será 100% por parte do agente privado, cerca de R$ 30 milhões. Em contraprestação, a empresa vai receber R$ 600 milhões do município, divididos em parcelas mensais de R$ 2 milhões por 25 anos da concessão. O contrato foi assinado em setembro e inclui todas as etapas da limpeza urbana, além da construção de uma central de tratamento mecânico de resíduos sólidos (TM) com tecnologia pioneira no Brasil. A unidade será implantada onde funcionava o lixão da Mirueira.

O Grupo Locar já prestava serviços à prefeitura da cidade e dividia com outra empresa a responsabilidade pela coleta do lixo local. Agora, será responsável por todo o processo de gestão das 240 toneladas de resíduos produzidas diariamente em Paulista. Segundo a diretora da empresa, Carolina Buarque, apesar do volume expressivo da despesa total com a PPP, o contrato gera economia. “O gasto mensal da prefeitura na gestão do lixo era de R$ 2,2 milhões com as duas empresas contratadas”, afirmou. O prefeito de Paulista, Júnior Matuto, foi procurado, mas não atendeu as ligações do Diario. A diretora informou que o quadro das duas empresas, que soma 575 funcionários, foi migrado para o novo contrato.

Ontem, foi assinada a compra da tecnologia a ser instalada na TM, importada de Portugal, mas produzida no Brasil pela Brevil, instalada em Santa Catarina. As primeiras peças chegam a partir de agosto. Já no próximo mês, será inaugurada a parte administrativa e de apoio aos funcionários, como vestiários e refeitórios.

A parceria já teve execução de R$ 5 milhões desde outubro e inclui parte da construção da TM. Somente na central, serão investidos R$ 24 milhões. O prazo para inauguração é dezembro deste ano. No local, o lixo coletado mecanicamente será separado de forma automática em galpões fechados, impermeabilizados e refrigerados para não haver presença de vetores e será tratado para separar reciclados, orgânicos e rejeitos.

“O reciclável será vendido às usinas de beneficiamento para voltar para indústrias de transformação como matéria-prima, o orgânico será levado para compostagem (adubo) e encaminhado a parques e praças da cidade. Já os rejeitos irão para os aterros sanitários”, descreveu.