Preparação deve começar cedo

Publicação: 20/07/2014 03:00

A aposentada Maria das Graças Neves Baptista, 66 anos, trilhou caminho diferente de Iara. Desde cedo ela se preparou para a aposentadoria. Ex-funcionária da Chesf, a publicitária aderiu ao fundo de pensão da empresa (Fachesf). Além disso, contratou um plano de previdência complementar. “Depois de 41 anos de trabalho me desliguei da empresa, passei a me dedicar à família e sempre viajo. Hoje a minha aposentadoria me dá essa tranquilidade financeira”, ensina.

Maria das Graças participou de um programa de preparação para a aposentadoria oferecido pela Chesf. Segundo Andrea Levy, a mesma estratégia deveria ser adotada pelas empresas públicas e privadas, para mostrar quais os impactos da longevidade, e os caminhos da transição. “As empresas ainda não entraram nesse jogo de ter um plano de previdência para o funcionário, porque a maioria já paga encargos sociais muito altos”, aponta o especialista.

Ângela Leal, psicóloga e consultora em preparação para a aposentadoria, reforça que poucas empresas se preocupam com este momento da vida dos colaboradores. Ao mesmo tempo, ela destaca que as pessoas evitam pensar no futuro. “Esse comportamento acontece, seja por medo do ócio ou por preconceito com a idade”. Para a especialista, não é somente contratar um plano de previdência complementar, mas investir na preparação das pessoas para construir outro mundo.

Ângela sugere que as pessoas comecem a preparação para a aposentadoria 10 anos antes. Tempo para se organizar financeiramente, ter um plano B,  e programar os objetivos. “O brasileiro não é preparado para se preocupar com o futuro”, conclui.