Nordeste amplia geração com a energia dos ventos
Será inaugurado hoje o complexo eólico Chapada do Piauí, um investimento de R$ 1,8 bilhão da Chesf em conjunto com a Contour Global
ROSA FALCÃO
rosafalcao.pe@dabr.com.br
Publicação: 14/01/2016 03:00
Operação do complexo eólico vai ajudar na geração de energia diante da crise hídrica pelo qual o Nordeste passa |
O empreendimento é composto pelos parques eólicos Chapada do Piauí I e II, com a capacidade instalada de 205 MW e 172,4 MW, respectivamente, patrocinados pela ContourGlobal, Chesf e Salus FIP. O Chapada do Piauí III, com 59,2 MW de potência, conta com 100% de investimento da ContourGlobal. O complexo é composto por 274 turbinas GE 1,85 MW e GE 1,7 MW.
O Chapada do Piauí I iniciou a operação comercial desde julho de 2015 com 205 MW gerados em sete parques eólicos. Já o Chapada do Piauí II e III energizaram 50% de seus aerogeradores em dezembro do ano passado. A previsão é que o restante das turbinas entre em operação neste mês de janeiro. O projeto foi desenvolvido no modelo Sociedades de Propósito Específico (SPE), numa parceria do setor público com a iniciativa privada.
“A operação do complexo eólico vem num momento importante para garantir o abastecimento do Nordeste, diante da crise hídrica que atravessa o Rio São Francisco e o Rio Parnaíba. É um reforço na capacidade de geração de energia da Chesf”, assinala o diretor-presidente da Chesf, José Carlos de Miranda Farias.
Alessandra Marinheiro, CEO para a América Latina da ContourGlobal, diz que este é o segundo empreendimento da empresa no Brasil. O primeiro é o complexo eólico Asa Branca, com capacidade de 160 MW, instalado no Rio Grande do Norte. “A empresa aposta em eólica como uma fonte renovável e limpa. Acreditamos que é um mercado atrativo e com potencial, em especial o Nordeste , que tem os melhores ventos do país, com maior velocidade e qualidade.”
Neste ano, a Chesf vai iniciar a construção de dois novos complexos eólicos, Casa Nova I e Casa Nova II, localizados na Bahia, com capacidade total de 60 MW. Pelo cronograma das obras os dois parques deverão entrar em operação até o final deste ano. Está previsto também a construção de mais dois complexos eólicos, Casa Nova II e Casa Nova III, ambos com a capacidade de 30 MW de potência. Os planos da companhia é duplicar de 7 mil MW para 14 mil MW a produção de energia eólica até 2017.
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