ENERGIA » Luz pode subir em média 7,17%

Publicação: 22/02/2017 03:00

O atraso no pagamento de indenizações bilionárias devidas às transmissoras de energia elétrica terá um impacto médio de 7,17% na conta de luz do consumidor nos próximos oito anos, de acordo com cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Considerando as diversas distribuidoras que atendem os clientes de todo o país, o órgão regulador estima que o aumento deve ficar entre 1,13% a 11,45%.

Isso não significa que as contas vão subir nessa magnitude, pois a transmissão é apenas um de vários itens que compõem as tarifas, que inclui custos de geração, distribuição, subsídios e impostos. “Estamos dizendo apenas o impacto desse efeito, e não sinalizando que tarifa será reajustada nesse patamar”, esclareceu o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. O impacto será calculado para cada concessionária na data do reajuste tarifário.

A Aneel aprovou ontem a proposta para remunerar as concessionárias por uma dívida que deveria ter começado a ser paga em 2013. Por uma decisão política do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, esse efeito só deve entrar na tarifa em julho. A proposta da agência prevê que as receitas das concessionárias terão que ser elevadas em R$ 10,806 bilhões em julho. Desse total, R$ 4,991 bilhões correspondem à remuneração devida até o fim da vida útil dos investimentos de transmissão, que será paga por um prazo de 6 a 7 anos. A maior parte, de R$ 5,815 bilhões, corresponde a valores que as empresas deixaram de receber nos últimos quatro anos A Aneel diz que essa parcela ficará na tarifa por oito anos, será recalculada em 2018. (AE)