O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) chega à “maioridade”, com 21 anos. Seus planos são condizentes com os de um adolescente. Isso porque o centro tem por meta graduações em ciências da computação e design, as primeiras que serão oferecidas pela Faculdade Cesar em janeiro de 2018. O centro busta também garantir acesso dos empreendedores locais a mais fundos de investimento internacionais. Para isso, a instituição está organizando um encontro de empresas e fundos de investidores norte-americanos com a Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em 21 de julho, no Recife.

Como o empreendedorismo é a vocação do Cesar, outro projeto em que está envolvido e deve sair do papel ainda este ano é a redução do tempo de abertura de empresas na capital pernambucana. Hoje, leva-se quase 150 dias e o centro, que trabalha junto à Prefeitura do Recife e a outros órgãos na mudança do prazo, é que ele seja de sete dias. “Queremos crescer, mas sem ficar careta. Nossa missão é propagar a inovação e pretendemos continuar movimentando o cenário local. Recife é a cidade ideal para estarmos instalados, porque o campo de tecnologia aqui é efervescente. O recifense é proativo e gosta de ser feliz no trabalho, e isso cria um ambiente propício ao sucesso”, afirma Sérgio Cavalcante, CEO do Cesar.

O otimismo tem base sólida. Em seus 21 anos de atuação, o Cesar, que é uma instituição privada de apoio à inovação sem fins lucrativos (o lucro é reinvestido), já “formou” 260 empresas, tem 500 funcionários e unidades no Recife, Sorocaba, Curitiba e Manaus. Grandes empresas, como Banco Central do Brasil, Bradesco, Chesf, Agência Nacional das Águas, Samsung, Motorola, Oi e até o Exército brasileiro constam na lista de clientes atendidos por alguma solução inovadora do centro. O portfólio de empresas criadas no Cesar também impressiona com marcas como a Tempest Security Intelligence (uma das maiores empresas de segurança da informação e combate a fraudes digitais do Brasil, com escritórios em São Paulo e Londres) e a Neurotech (empresa de soluções avançadas para automação de todo o ciclo de decisão em operações de crédito, cobrança, risco e fraude). Cada uma vale centenas de milhões.

“Por causa da demanda, as áreas que mais nos chamam atenção são educação, saúde, energias renováveis e cidades inteligentes”, diz Cavalcante. Ele revela que, apenas no primeiro quadrimestre, houve aumento de 70% no número de empresas investindo em soluções e produtos inovadores.”