Publicação: 30/06/2017 03:00
O governo registrou, em maio, o pior déficit fiscal para o mês desde 1997, início da série histórica. O resultado se deveu principalmente ao aumento das despesas verificado no mês, que subiram 12,7% ante o mesmo mês do ano passado. Já as receitas caíram 0,6% na mesma comparação, sempre descontada a inflação. Com isso, o déficit no mês foi de R$ 29,4 bilhões.
O resultado de maio fez com que o déficit acumulado em 12 meses alcançasse em maio R$ 167,6 bilhões, equivalente a 2,59% do PIB, mais distante da meta do governo para este ano.
O objetivo é chegar ao fim de 2017 com um resultado negativo de R$ 139 bilhões, ainda no vermelho, porém levemente melhor do que o verificado em 2016.
Dada a debilidade da arrecadação de impostos, porém, economistas e analistas do mercado financeiro estão cada vez mais céticos sobre a capacidade do governo entregar esse resultado. Nos primeiros cinco meses do ano, o deficit acumulado é de R$ 34,9 bilhões, 42% superior ao do mesmo período de 2016.
O aumento expressivo das despesas do governo federal em maio se deveu à antecipação de pagamentos em precatórios e sentenças judiciais, segundo o Tesouro Nacional.
Desde 2013, esses pagamentos ocorrem entre novembro e dezembro. Mas o governo decidiu neste ano antecipar os pagamentos para maio e junho. Foram R$ 10 bilhões pagos em maio e mais R$ 9 em junho.
Segundo a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, a antecipação vai gerar uma economia de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões neste ano, uma vez que o governo paga juros nesses pagamentos.
“É preciso ressaltar que não são despesas adicionais e, sim, um reordenamento da programação ao longo do ano”, afirmou.
O resultado negativo de maio fez o déficit em 12 meses subir de 2,39%, em abril, para 2,59% do PIB em maio. Em valores, o déficit acumulado subiu de R$ 154 bilhões em abril para R$ 167 bilhões em maio.
Apesar do resultado negativo, Vescovi afirmou que o governo ainda persegue a meta deste ano e espera por definições sobre receitas extraordinárias no montante de R$ 15 bilhões, obtidas em programas de refinanciamento de dívidas como o Funrural e o novo Refis. (Da Folhapress)
Pelo mundo
Meta da inflação é uma das maiores da América Latina e dos emergentes. Entre os Brics, é a mais alta
País Meta para 2017 (%)
Argentina 12
Turquia 5,0
Brasil 4,5
Jamaica 4,5
Paraguai 4,5
Rep. Dominicana 4,0
Guatemala 4,0
Índia 4,0
Indonésia 4,0
Rússia 4,0
África do Sul 3,0
Chile 3,0
China 3,0
Colômbia 3,0
Costa Rica 3,0
México 3,0
Uruguai 3,0
Estados Unidos 2,0
Japão 2,0
Peru 2,0
Zona do Euro 2,0
Israel 1,0
Fonte: Banco Central e Central Bank News
O resultado de maio fez com que o déficit acumulado em 12 meses alcançasse em maio R$ 167,6 bilhões, equivalente a 2,59% do PIB, mais distante da meta do governo para este ano.
O objetivo é chegar ao fim de 2017 com um resultado negativo de R$ 139 bilhões, ainda no vermelho, porém levemente melhor do que o verificado em 2016.
Dada a debilidade da arrecadação de impostos, porém, economistas e analistas do mercado financeiro estão cada vez mais céticos sobre a capacidade do governo entregar esse resultado. Nos primeiros cinco meses do ano, o deficit acumulado é de R$ 34,9 bilhões, 42% superior ao do mesmo período de 2016.
O aumento expressivo das despesas do governo federal em maio se deveu à antecipação de pagamentos em precatórios e sentenças judiciais, segundo o Tesouro Nacional.
Desde 2013, esses pagamentos ocorrem entre novembro e dezembro. Mas o governo decidiu neste ano antecipar os pagamentos para maio e junho. Foram R$ 10 bilhões pagos em maio e mais R$ 9 em junho.
Segundo a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, a antecipação vai gerar uma economia de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões neste ano, uma vez que o governo paga juros nesses pagamentos.
“É preciso ressaltar que não são despesas adicionais e, sim, um reordenamento da programação ao longo do ano”, afirmou.
O resultado negativo de maio fez o déficit em 12 meses subir de 2,39%, em abril, para 2,59% do PIB em maio. Em valores, o déficit acumulado subiu de R$ 154 bilhões em abril para R$ 167 bilhões em maio.
Apesar do resultado negativo, Vescovi afirmou que o governo ainda persegue a meta deste ano e espera por definições sobre receitas extraordinárias no montante de R$ 15 bilhões, obtidas em programas de refinanciamento de dívidas como o Funrural e o novo Refis. (Da Folhapress)
Pelo mundo
Meta da inflação é uma das maiores da América Latina e dos emergentes. Entre os Brics, é a mais alta
País Meta para 2017 (%)
Argentina 12
Turquia 5,0
Brasil 4,5
Jamaica 4,5
Paraguai 4,5
Rep. Dominicana 4,0
Guatemala 4,0
Índia 4,0
Indonésia 4,0
Rússia 4,0
África do Sul 3,0
Chile 3,0
China 3,0
Colômbia 3,0
Costa Rica 3,0
México 3,0
Uruguai 3,0
Estados Unidos 2,0
Japão 2,0
Peru 2,0
Zona do Euro 2,0
Israel 1,0
Fonte: Banco Central e Central Bank News
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Governo baixa meta para inflação