A proposta que vem do Nordeste

Publicação: 25/05/2018 09:00

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve sinalizar hoje para um indicativo de mudanças no setor de combustíveis. A mudança gira em torno da queixa em relação ao formato da distribuição, que opera no mesmo formato há 50 anos e estaria defasado. A proposta do Nordeste, apresentada no Fórum Nacional sucroenergético, sugere aproximar os produtores de combustíveis aos postos, mecanismo proibido atualmente e seria uma alternativa à centralização das distribuidoras na logística. Além disso, traria concorrência ao mercado num sistema em que as opções coexistiriam, com ajustes tributários, como ocorre em outros segmentos, como o de energia.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, falta o governo se debruçar sobre o setor e pensar melhor as possibilidades. “A tese é que o sistema de distribuições de combustíveis precisa ser revisto, aproximando quem produz do consumidor de diesel, etanol e biodiesel”, destacou.

Segundo ele, já houve evoluções no setor elétrico e nada no de combustíveis. “Quem imaginava que um gerador de energia poderia vender diretamente a uma indústria? Hoje pode, porque o setor evoluiu. Por que não deixa uma opção extra ao posto? Por que manter esse monopólio das distribuidoras? Opções trariam concorrência, promoções e, principalmente, logística mais eficaz. Tem usina na Mata Norte que não pode vender a um posto na cidade ao lado. Tem que ir para distribuidora, em Suape, e de lá voltar para o posto. É preciso abrir essa caixa preta e pensar em possibilidades além do tributário. E é o que deve começar a aparecer agora”, pontuou, citando que o pleito foi apresentado em conversa com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.