TECNOLOGIA »
Eles levam internet a todo lugar
Provedores regionais avançam pelo interior para atender à demanda que não para de crescer em Pernambuco
Etiene Ramos
dpempresas@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 11/05/2019 03:00
Eles chegam onde as grandes operadoras de internet não querem chegar: cidades pequenas, povoados e até aldeias indígenas. Locais de difícil acesso e realidades bem distantes dos grandes centros, mas que querem e precisam se conectar à grande rede para avançar e gerar desenvolvimento social e econômico. Estamos falando dos provedores regionais, que levaram as primeiras conexões para as cidades do interior e, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no ano passado, responderam por 83% dos 1.525.960 novos usuários de banda larga no país, deixando as grandes operadoras com apenas 17% do trabalho - e dos resultados. No Nordeste, o crescimento foi de 104% com 380.516 novos acessos criados pelos regionais.
“Cidades com três mil habitantes não interessam às operadoras, então nós fornecemos a conexão, maior parte em fibra ótica”, diz André Felipe Rodrigues, diretor técnico da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) e sócio da Piernet, uma das pioneiras na missão de levar internet ao interior pernambucano.
Com sede em Carpina, a Piernet atende 25 cidades da região com fibra ótica e planos que chegam a até 200 megas e 10 gigas, um salto fantástico, inimaginável no começo, há 23 anos, com a conexão discada e linhas da Telpe, estatal que virou Telemar depois da privatização da telefonia brasileira. “Comprei três linhas, cada uma por R$ 1.200,00, e ia nas casas e empresas instalar um discador, com disquete, no Windows 95. No primeiro mês, fiz 15 clientes, bem menos dos 50 que tinha projetado no plano de negócios. Mas o primeiro, continua comigo até hoje”, diz André Felipe.
Para ele, a proximidade dos técnicos com os usuários da Piernet é um ativo nas pequenas cidades, onde todos se conhecem, e facilita o atendimento e o suporte. “Internet hoje é como energia. Não pode faltar”, completa.
Conexão indígena
A Oxente.Net que o diga. Uma das desbravadoras da conectividade, a empresa começou em Pesqueira, no Agreste, há 18 anos, levando internet por rádio à Zona Rural, povoados e sítios e quando a notícia se espalhou, até o cacique da tribo Xukuru iniciou uma conexão. “O cacique Marquinhos, filho do cacique Chicão, ouviu falar da Oxente e nos procurou, há cerca de dez anos. Era o boom da internet, todos queriam participar e conectamos casas e escolas de umas 20 aldeias Xukurus com acesso básico por rádio e ainda hoje estamos atendendo às escolas da tribo”, lembra Flávio Mendonça, fundador da Oxente Net.
Com uma rede de 2.500 quilômetros de fibra ótica, ele ainda trabalha com rádio nas aldeias Xukurus. O foco continua nas regiões carentes de cobertura no interior, onde a empresa atende diretamente desde cidades maiores como Caruaru, Pesqueira, Arcoverde e Belo Jardim a pequenas como Poção, Venturosa, Alagoinha e Pedra mas a cobertura cresce com outros provedores locais que repassam a conexão captada via fibra ótica por rádio e conseguem chegar aos seus clientes nos locais mais difíceis. “Somos quase uma operadora. Temos muita capilaridade. Nossa rede de fibra ótica começa no Recife, passa por Caruaru, seguindo a BR 232, e chega a Salgueiro, e dessas duas cidades vai até Fortaleza, formando um anel ótico”, explica Mendonça.
“Cidades com três mil habitantes não interessam às operadoras, então nós fornecemos a conexão, maior parte em fibra ótica”, diz André Felipe Rodrigues, diretor técnico da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) e sócio da Piernet, uma das pioneiras na missão de levar internet ao interior pernambucano.
Com sede em Carpina, a Piernet atende 25 cidades da região com fibra ótica e planos que chegam a até 200 megas e 10 gigas, um salto fantástico, inimaginável no começo, há 23 anos, com a conexão discada e linhas da Telpe, estatal que virou Telemar depois da privatização da telefonia brasileira. “Comprei três linhas, cada uma por R$ 1.200,00, e ia nas casas e empresas instalar um discador, com disquete, no Windows 95. No primeiro mês, fiz 15 clientes, bem menos dos 50 que tinha projetado no plano de negócios. Mas o primeiro, continua comigo até hoje”, diz André Felipe.
Para ele, a proximidade dos técnicos com os usuários da Piernet é um ativo nas pequenas cidades, onde todos se conhecem, e facilita o atendimento e o suporte. “Internet hoje é como energia. Não pode faltar”, completa.
Conexão indígena
A Oxente.Net que o diga. Uma das desbravadoras da conectividade, a empresa começou em Pesqueira, no Agreste, há 18 anos, levando internet por rádio à Zona Rural, povoados e sítios e quando a notícia se espalhou, até o cacique da tribo Xukuru iniciou uma conexão. “O cacique Marquinhos, filho do cacique Chicão, ouviu falar da Oxente e nos procurou, há cerca de dez anos. Era o boom da internet, todos queriam participar e conectamos casas e escolas de umas 20 aldeias Xukurus com acesso básico por rádio e ainda hoje estamos atendendo às escolas da tribo”, lembra Flávio Mendonça, fundador da Oxente Net.
Com uma rede de 2.500 quilômetros de fibra ótica, ele ainda trabalha com rádio nas aldeias Xukurus. O foco continua nas regiões carentes de cobertura no interior, onde a empresa atende diretamente desde cidades maiores como Caruaru, Pesqueira, Arcoverde e Belo Jardim a pequenas como Poção, Venturosa, Alagoinha e Pedra mas a cobertura cresce com outros provedores locais que repassam a conexão captada via fibra ótica por rádio e conseguem chegar aos seus clientes nos locais mais difíceis. “Somos quase uma operadora. Temos muita capilaridade. Nossa rede de fibra ótica começa no Recife, passa por Caruaru, seguindo a BR 232, e chega a Salgueiro, e dessas duas cidades vai até Fortaleza, formando um anel ótico”, explica Mendonça.
Saiba mais...
Mais cabos, mais gente conectada