DP+AGRO »
Tomate rasteiro híbrido do Brasil avança
Um dos desafios dos pesquisadores é viabilizar o cultivo em regiões que possuem o clima quente e úmido, como a Zona da Mata de Alagoas
Danielle Santana
política@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 08/08/2022 03:00
Com grande potencial, o primeiro tomate rasteiro híbrido desenvolvido no Brasil, o BRS Sena, tem mostrado boa adaptação ao Nordeste. Estudos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no município de Coruripe, em Alagoas, apontaram que a produtividade do fruto ficou acima da média estadual, atingindo 70 toneladas por hectare.
Durante o experimento, que acontece desde 2020, um dos maiores desafios dos pesquisadores é viabilizar o cultivo em regiões que possuem o clima quente e úmido, como a Zona da Mata de Alagoas. Como a planta conta com uma adaptação a climas mais amenos, possui uma amplitude térmica ideal entre 10 e 30 graus Celsius.
Apesar da maior amplitude térmica registrada na área de testes, o BRS Sena vem se desenvolvendo de forma promissora. “Ninguém acreditava que seria possível produzir lá. Esse é o início de um processo, estamos apenas começando”, afirmou a analista Flávia Teixeira, engenheira agrônoma que atua na Embrapa Alimentos e Territórios (AL).
MERCADO
Como possui uma coloração vermelha intensa, boa consistência e viscosidade de polpa, o BRS Sena se destaca pelo sabor diferenciado e elevado grau brix (doçura). Além disso, o tomate brasilieiro também conta com um equilíbrio entre doçura e acidez, o que agrada aos consumidores e também à indústria de processamento. No que diz respeito à aparência, o fruto é alongado e firme, com peso médio de 70 gramas. Os pesquisadores também apontam que o fruto possui resistência às doenças fúngicas.
Na avaliação do presidente da Cooperativa Pindorama, Klecio Santos, a parceria com a Embrapa deverá gerar boas oportunidades para os agricultores da região. “A tecnologia implementada pelo órgão tem feito com que o homem do campo vença as adversidades e alcance novas conquistas. Quanto mais produtos de qualidade no mercado, maior será a geração de emprego e renda, e o brasileiro terá uma alimentação mais segura, saudável e nutritiva”, afirmou.
Durante a etapa de plantio-piloto, a Embrapa cedeu as sementes e forneceu a assistência técnica, enquanto as empresas parceiras arcaram com os custos de produção e foram responsáveis pelos tratos culturais e colheita. Os experimentos estão sendo conduzidos com três focos: processamento industrial, mercado de mesa e produção em estufas para o consumo em nichos de mercado.
Como os primeiros resultados foram favoráveis, a expectativa é que os experimentos consigam atrair mais parceiros do setor produtivo. A ideia é formalizar novas parcerias para a avaliação de outras variedades com características diferenciadas, impulsionando a produção de hortaliças no Nordeste.
“A parceria entre a Embrapa Alimentos e Territórios e a Embrapa Hortaliças está sendo muito benéfica para Alagoas e para a região Nordeste. Certamente outras inovações virão, e quem ganha com isso são os produtores e os consumidores de alimentos”, afirmou o chefe-geral da Unidade sediada em Maceió, João Flávio Veloso.
Durante o experimento, que acontece desde 2020, um dos maiores desafios dos pesquisadores é viabilizar o cultivo em regiões que possuem o clima quente e úmido, como a Zona da Mata de Alagoas. Como a planta conta com uma adaptação a climas mais amenos, possui uma amplitude térmica ideal entre 10 e 30 graus Celsius.
Apesar da maior amplitude térmica registrada na área de testes, o BRS Sena vem se desenvolvendo de forma promissora. “Ninguém acreditava que seria possível produzir lá. Esse é o início de um processo, estamos apenas começando”, afirmou a analista Flávia Teixeira, engenheira agrônoma que atua na Embrapa Alimentos e Territórios (AL).
MERCADO
Como possui uma coloração vermelha intensa, boa consistência e viscosidade de polpa, o BRS Sena se destaca pelo sabor diferenciado e elevado grau brix (doçura). Além disso, o tomate brasilieiro também conta com um equilíbrio entre doçura e acidez, o que agrada aos consumidores e também à indústria de processamento. No que diz respeito à aparência, o fruto é alongado e firme, com peso médio de 70 gramas. Os pesquisadores também apontam que o fruto possui resistência às doenças fúngicas.
Na avaliação do presidente da Cooperativa Pindorama, Klecio Santos, a parceria com a Embrapa deverá gerar boas oportunidades para os agricultores da região. “A tecnologia implementada pelo órgão tem feito com que o homem do campo vença as adversidades e alcance novas conquistas. Quanto mais produtos de qualidade no mercado, maior será a geração de emprego e renda, e o brasileiro terá uma alimentação mais segura, saudável e nutritiva”, afirmou.
Durante a etapa de plantio-piloto, a Embrapa cedeu as sementes e forneceu a assistência técnica, enquanto as empresas parceiras arcaram com os custos de produção e foram responsáveis pelos tratos culturais e colheita. Os experimentos estão sendo conduzidos com três focos: processamento industrial, mercado de mesa e produção em estufas para o consumo em nichos de mercado.
Como os primeiros resultados foram favoráveis, a expectativa é que os experimentos consigam atrair mais parceiros do setor produtivo. A ideia é formalizar novas parcerias para a avaliação de outras variedades com características diferenciadas, impulsionando a produção de hortaliças no Nordeste.
“A parceria entre a Embrapa Alimentos e Territórios e a Embrapa Hortaliças está sendo muito benéfica para Alagoas e para a região Nordeste. Certamente outras inovações virão, e quem ganha com isso são os produtores e os consumidores de alimentos”, afirmou o chefe-geral da Unidade sediada em Maceió, João Flávio Veloso.