Preços da gasolina e do diesel mais caros
A partir deste sábado (1º), quem for abastecer o tanque vai ter que desembolsar mais dinheiro. Já o GLP fica mais barato para o consumidor
Thatiany Lucena
Publicação: 01/02/2025 03:00
O diesel e a gasolina ficarão mais caros a partir deste sábado (1º). A mudança ocorre com a elevação das alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) que incidem sobre os combustíveis no Brasil. De acordo com o economista Clidenor Lima, do Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFafire), os reajustes devem aumentar a inflação e refletir no aumento dos preços no varejo.
Em nota, a Secretaria da Fazenda de Pernambuco confirmou o aumento das alíquotas do ICMS da gasolina e do diesel e redução para o GLP: no estado, a gasolina passará a ter uma alíquota de R$ 1,47 (antes R$ 1,37), o diesel de R$ 1,12 (antes R$ 1,06) e o GLP de R$ 1,39 (antes R$ 1,41). Segundo a Sefaz-PE, a mudança foi definida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) “em cumprimento às regras estabelecidas pelo Congresso Nacional para a tributação dos combustíveis”. A redução no imposto sobre o GLP se deve à queda de preço que este combustível sofreu em 2023; já a gasolina e o diesel tiveram aumento acompanhando o reajuste dos preços médios nacionais pagos pelo consumidor final.
Dentre os reajustes, o do diesel é o que tem impacto de maior escala, uma vez que interfere no custo do transporte rodoviário, o mais utilizado no país. O reflexo atinge os custos na agricultura e na indústria, com mais peso para os preços finais e a inflação ao consumidor.
MERCADO
O presidente do Sindicato dos Combustíveis de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro, aponta que o aumento já está sendo repassado na bomba para os consumidores, mas como o preço vai variar, a partir de fevereiro, vai depender do comportamento de cada empresa. “O mercado é livre, os postos gerenciam esse valor na bomba de acordo com o seu estoque e a competição”, aponta.
Esses novos valores foram calculados com base nos preços médios mensais divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre fevereiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
Clidenor Lima cita que algumas projeções já apontam a consequência dessa alta dos combustíveis para o bolso do consumidor geral. “Em um primeiro momento, já existem algumas projeções feitas por algumas gestoras de recursos que estão prevendo um aumento em média de 1,6% no preço do consumidor final no varejo”, afirma.
Ainda de acordo com o economista, um agravante que pode fazer com que o preço dos combustíveis suba ainda mais é o desequilíbrio das contas do Governo Federal. “Isso gera um impacto negativo no orçamento, que é a preocupação deste ano e impacta na desvalorização do real e aumenta ainda mais o preço do combustível, porque ele é cotado em dólar”, afirma.
Segundo o economista, os estados também acabam seguindo o exemplo do governo federal e não tendem a buscar o equilíbrio fiscal. “Os estados acabam contando com um futuro socorro do Governo Federal, e também vem o desejo por aumentar ICMS e o novo imposto de valor agregado, quando a reforma tributária estiver concluída”, disse. E embora o Banco Central continue combatendo a inflação, o esforço vem sendo insuficiente para equilibrar as contas.
Em nota, a Secretaria da Fazenda de Pernambuco confirmou o aumento das alíquotas do ICMS da gasolina e do diesel e redução para o GLP: no estado, a gasolina passará a ter uma alíquota de R$ 1,47 (antes R$ 1,37), o diesel de R$ 1,12 (antes R$ 1,06) e o GLP de R$ 1,39 (antes R$ 1,41). Segundo a Sefaz-PE, a mudança foi definida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) “em cumprimento às regras estabelecidas pelo Congresso Nacional para a tributação dos combustíveis”. A redução no imposto sobre o GLP se deve à queda de preço que este combustível sofreu em 2023; já a gasolina e o diesel tiveram aumento acompanhando o reajuste dos preços médios nacionais pagos pelo consumidor final.
Dentre os reajustes, o do diesel é o que tem impacto de maior escala, uma vez que interfere no custo do transporte rodoviário, o mais utilizado no país. O reflexo atinge os custos na agricultura e na indústria, com mais peso para os preços finais e a inflação ao consumidor.
MERCADO
O presidente do Sindicato dos Combustíveis de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro, aponta que o aumento já está sendo repassado na bomba para os consumidores, mas como o preço vai variar, a partir de fevereiro, vai depender do comportamento de cada empresa. “O mercado é livre, os postos gerenciam esse valor na bomba de acordo com o seu estoque e a competição”, aponta.
Esses novos valores foram calculados com base nos preços médios mensais divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre fevereiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
Clidenor Lima cita que algumas projeções já apontam a consequência dessa alta dos combustíveis para o bolso do consumidor geral. “Em um primeiro momento, já existem algumas projeções feitas por algumas gestoras de recursos que estão prevendo um aumento em média de 1,6% no preço do consumidor final no varejo”, afirma.
Ainda de acordo com o economista, um agravante que pode fazer com que o preço dos combustíveis suba ainda mais é o desequilíbrio das contas do Governo Federal. “Isso gera um impacto negativo no orçamento, que é a preocupação deste ano e impacta na desvalorização do real e aumenta ainda mais o preço do combustível, porque ele é cotado em dólar”, afirma.
Segundo o economista, os estados também acabam seguindo o exemplo do governo federal e não tendem a buscar o equilíbrio fiscal. “Os estados acabam contando com um futuro socorro do Governo Federal, e também vem o desejo por aumentar ICMS e o novo imposto de valor agregado, quando a reforma tributária estiver concluída”, disse. E embora o Banco Central continue combatendo a inflação, o esforço vem sendo insuficiente para equilibrar as contas.