por Ecio Costa
@eciocosta
Publicação: 31/03/2025 03:00
A taxa de desemprego subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo o IBGE. O resultado representou um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior encerrado em novembro (6,1%) e de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em janeiro (6,5%). Em um ano, porém, caiu 1,0 ponto percentual (7,8%).
A população desocupada subiu 10,4% em relação ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas, mas 12,5% menor do que há um ano. O total de pessoas ocupadas caiu 1,2% no trimestre, ficando em 102,7 milhões, embora o número ainda seja 2,4% maior que o de um ano atrás.
Nenhum setor registrou crescimento na comparação trimestral, e três segmentos puxaram a queda no emprego. A construção civil perdeu 310 mil trabalhadores (-4,0%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registraram um corte de 468 mil postos (-2,5%), e o trabalho doméstico encolheu em 290 mil posições (-4,8%).
Na comparação anual, porém, a indústria contratou 409 mil pessoas (alta de 3,2%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas abriu 690 mil novos postos (3,6% a mais), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas teve um crescimento de 3,5%, com 447 mil trabalhadores a mais, e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais cresceu 4,1%, com mais 717 mil pessoas.
O rendimento médio real dos trabalhadores seguiu em alta e atingiu R$ 3.378,00, maior valor já registrado na série histórica. O avanço foi de 1,3% no trimestre e de 3,6% no ano, já considerando a inflação do período. O crescimento dos salários no trimestre foi puxado por aumentos na indústria (2,8%), na administração pública e serviços sociais (3,1%) e no serviço doméstico (2,3%). Na comparação anual, os destaques foram a construção civil, onde os salários subiram 5,4%, e os serviços domésticos, que tiveram um aumento de 3,1%.
No mercado formal, os resultados do Caged para fevereiro apontaram para um crescimento recorde desde que a nova metodologia foi adotada em 2020 de 432 mil vagas formais líquidas. O resultado representa uma variação de 40,5% na comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram registrados 307,5 mil postos. O resultado veio muito acima das expectativas do mercado, de 215 mil empregos a mais.
O aumento da taxa de desemprego com salários pressionados reflete dados recentes de desaceleração de diversos setores da economia brasileira, com juros mais altos, mas com inflação ainda pressionada. Por outro lado, o resultado recorde do saldo positivo do Caged traz mais dificuldades para o entendimento que o mercado estaria desacelerando com os juros mais altos, numa economia que está muito próxima do pleno emprego. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária acontece em maio e novos dados serão divulgados refletindo a atividade econômica e a taxa de desemprego, mas a tendência atual é de continuidade na elevação dos juros com uma inflação ainda em trajetória de alta.
A população desocupada subiu 10,4% em relação ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas, mas 12,5% menor do que há um ano. O total de pessoas ocupadas caiu 1,2% no trimestre, ficando em 102,7 milhões, embora o número ainda seja 2,4% maior que o de um ano atrás.
Nenhum setor registrou crescimento na comparação trimestral, e três segmentos puxaram a queda no emprego. A construção civil perdeu 310 mil trabalhadores (-4,0%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registraram um corte de 468 mil postos (-2,5%), e o trabalho doméstico encolheu em 290 mil posições (-4,8%).
Na comparação anual, porém, a indústria contratou 409 mil pessoas (alta de 3,2%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas abriu 690 mil novos postos (3,6% a mais), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas teve um crescimento de 3,5%, com 447 mil trabalhadores a mais, e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais cresceu 4,1%, com mais 717 mil pessoas.
O rendimento médio real dos trabalhadores seguiu em alta e atingiu R$ 3.378,00, maior valor já registrado na série histórica. O avanço foi de 1,3% no trimestre e de 3,6% no ano, já considerando a inflação do período. O crescimento dos salários no trimestre foi puxado por aumentos na indústria (2,8%), na administração pública e serviços sociais (3,1%) e no serviço doméstico (2,3%). Na comparação anual, os destaques foram a construção civil, onde os salários subiram 5,4%, e os serviços domésticos, que tiveram um aumento de 3,1%.
No mercado formal, os resultados do Caged para fevereiro apontaram para um crescimento recorde desde que a nova metodologia foi adotada em 2020 de 432 mil vagas formais líquidas. O resultado representa uma variação de 40,5% na comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram registrados 307,5 mil postos. O resultado veio muito acima das expectativas do mercado, de 215 mil empregos a mais.
O aumento da taxa de desemprego com salários pressionados reflete dados recentes de desaceleração de diversos setores da economia brasileira, com juros mais altos, mas com inflação ainda pressionada. Por outro lado, o resultado recorde do saldo positivo do Caged traz mais dificuldades para o entendimento que o mercado estaria desacelerando com os juros mais altos, numa economia que está muito próxima do pleno emprego. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária acontece em maio e novos dados serão divulgados refletindo a atividade econômica e a taxa de desemprego, mas a tendência atual é de continuidade na elevação dos juros com uma inflação ainda em trajetória de alta.