por Pedro Ivo Bernardes
Publicação: 26/04/2025 03:00
Em ano de COP 30, que acontece em novembro em Belém, capital do Pará, começa a cair a ficha que a descarbonização não é apenas um discurso de ativistas, muitas vezes chamados de “ecochatos” pelos defensores do desenvolvimento custe o que custar. De acordo com dados da Global Market Insights, o mercado global de economia verde foi avaliado em aproximadamente US$ 5,9 trilhões em 2024, com expectativa de alcançar US$ 35,7 trilhões até 2034.
Não por acaso, temas como a bioeconomia e biodiversidade; o mercado de carbono e taxonomia verde no Brasil estão na pauta da Febraban Tech 2025, maior evento de tecnologia do setor financeiro. A sustentabilidade vem deixando, ao longo dos anos, de ser uma obrigação para ser uma oportunidade. Uma dessas oportunidades atende pelo nome de mercado de carbono, que passou a ser regulado no Brasil no fim do ano passado.
Mas como funciona esse mercado? Inicialmente existem dois modelos, o regulado e o voluntário. No regulado, são estabelecidas cotas de emissões de gases do efeito estufa (GEE) e as empresas que não conseguirem atingir suas metas precisarão compensá-las e, para isso, devem recorrer à compra de créditos de carbono gerados por empresas que conseguiram alcançar uma redução superior à sua meta. Assim, a redução de emissões deixará de ser uma despesa para ser um ativo.
Brasil ainda explora menos de 1% de seu potencial
De acordo com a consultoria McKinsey, o Brasil emite atualmente menos de 1% do seu potencial anual de créditos de carbono. Em sua maioria, essas emissões vêm de projetos de conservação e geração de energia renovável. A estimativa é que, aproveitando todo o seu potencial, o país teria condições de suprir até 28% da demanda global do mercado regulado e 48,7% do mercado voluntário, correspondendo a receitas de até US$ 120 bilhões.
Renegociação Acredita
O Sebrae-PE recebe, no próximo dia 30, o Mutirão Acredita, iniciativa que inclui a renegociação de débitos para donos de pequenos negócios. Segundo pesquisa Pulso, do próprio Sebrae, as dívidas representam mais da 50% dos custos de boa parte dos empreendedores.
Repense use no Recife
Focado na economia circular, desembarcou no Recife o projeto Repense Reuse, da Humana Brasil. Na capital pernambucana, a iniciativa contempla a instalação de 65 pontos de coleta de roupas usadas que serão transformadas em oportunidades de geração de emprego e renda.
Neoenergia concede R$ 167 mil em descontos
No primeiro trimestre deste ano a Neoenergia Pernambuco concedeu mais de R$ 167 mil em descontos na conta de energia de cerca de cinco mil clientes do estado, a partir do Projeto Vale Luz. O resultado está 23% acima do mesmo período do ano passado, quando os descontos chegaram a R$ 135,8 mil. A meta do projeto, que faz parte do Programa de Eficiência Energética da distribuidora, é se aproximar da marca de R$ 1 milhão até o final de dezembro.