Preços 0,22% mais caros em abril na RMR Inflação no Grande Recife foi puxada pelo grupo de Alimentos e bebidas, com alta de 0,64%, seguida por Saúde e cuidados pessoais, com 0,36%

Thatiany Lucena

Publicação: 10/05/2025 03:00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou alta de 0,22% em abril na Região Metropolitana do Recife, porém com registro de desaceleração se comparado ao mês de março, quando o índice subiu 0,36% no Grande Recife. Os dados divulgados ontem são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação de abril foi puxada pelo grupo de alimentos e bebidas (0,64%), que apresentou a maior influência no índice com 0,15 ponto percentual (p.p.). Outro destaque também foi para o grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,66%), com impacto de 0,1 p.p.

Já Transportes (-0,57%) foi o que registrou maior queda, influenciando a taxa em -0,11 p.p. Esse grupo foi influenciado pela queda da passagem aérea (-14,19%) e dos combustíveis (-0,55%).

O grupo de Alimentação e bebidas manteve o mesmo ritmo na inflação nos dois últimos meses deste ano. Porém, a alimentação no domicílio registrou alta de 0,71% e a alimentação fora do domicílio, 0,46%. Puxaram esse resultado as altas da batata-inglesa (18%), Coentro (8,26%) e do sorvete (7,23%).

Entre as principais quedas, o destaque foi para a cenoura (-14,19%). “O grupo alimentação é o de maior peso no IPCA, por isso, mesmo desacelerando, exerce impacto importante.” explica Fernando Gonçalves, gerente nacional do IPCA.

Já no grupo Saúde e cuidados pessoais (0,66%), o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (2,32%).

De acordo com o economista e planejador financeiro, Danilo Miranda, a região segue o fluxo da economia nacional e representa um bom sinal para os próximos meses deste ano. Ainda segundo Miranda, caso no mês de maio ocorra uma nova desaceleração, o país pode entrar em um ciclo de redução da expectativa de inflação, iniciando o final do ciclo de aperto.