Caçada aos imigrantes de porta em porta Operação do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA foi deflagrada no domingo (26) e contempla discurso anti-imigração de Trump

Publicação: 28/01/2025 03:00

Batendo de porta em porta, agentes do governo de Trump estão prendendo imigrantes ilegais em Chicago (EUA). A operação foi iniciada no domingo (26) pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE).

Com propósito de “preservar a segurança pública e a segurança nacional, mantendo possíveis criminosos estrangeiros perigosos fora de nossas comunidades”, o ICE cooperou com outras agências federais na operação, como o FBI e o Serviço de Delegados dos EUA.

De acordo com o ICE, as operações contemplam apenas “estrangeiros imigrantes ilegais criminosos conhecidos que representam uma ameaça à segurança nacional ou à segurança pública”. Até domingo, as prisões de imigrantes totalizaram 2.373 estrangeiros detidos, segundo balanço diário compartilhado pelo ICE.

Desde a posse presidencial na último dia 20, Donald Trump aplicou a política governamental anti-imigrantes. As deportações começaram na sexta (24), com o caso dos brasileiros que chegaram a Manaus algemados.

Entre as medidas tomadas, Trump declarou emergência na fronteira entre México e Estados Unidos; encerrou o direito a cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais ou com visto temporário nascido nos EUA; permitiu a deportação expressa sem necessidade de uma audiência judicial; retomou um programa que cancelava agendamentos de vistos no México; permitiu prisões em áreas protegidas; e restringiu a entrada no país.

REUNIÃO DE EMERGÊNCIA

A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) fará reunião de emergência, nesta quinta-feira (30),  para tratar da questão das deportações, pelo governo norte-americano, de imigrantes ilegais. O encontro foi pedido no último domingo (26) pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e marcado pela presidente hondurenha, Xiomara Castro, que também preside a Celac.

A reunião será feita em formato híbrido, mas Petro deverá participar de forma presencial, na capital hondurenha, Tegucigalpa.

O pedido de Petro ocorreu depois de a Colômbia recusar a entrada de aviões militares norte-americanos, que levavam imigrantes colombianos deportados no domingo (26).

“Não posso fazer com que imigrantes fiquem em um país que não os quer, mas se esse país os devolve deve ser com dignidade e respeito com eles e com o nosso país”, escreveu o presidente em suas redes sociais.

Em resposta, o presidente Donald Trump anunciou que taxaria, em 25%, produtos provenientes da Colômbia que seja importados por seu país. Ontem, o governo colombiano anunciou que o impasse entre os dois países foi superado. (Correio Braziliense e Agência Brasil)